Plantio do milho avança em ritmo acelerado no Rio Grande do Sul

Umidade do solo e temperatura em elevação facilitam a germinação das sementesO plantio do milho segue em ritmo bastante intenso em todas as regiões produtoras do Rio Grande do Sul. Na segunda semana de outubro o Estado semeou 55% da área, contra uma média de 51% verificados nos últimos cinco anos.

A semana registrou tempo instável, com temperaturas em ascensão. As chuvas registradas foram bastante irregulares em termos de volume acumulado, registrando índices que variaram entre um mínimo de 5,8 milímetros e um máximo de 146 milímetros. Ainda que algumas regiões tenham apresentado desvios negativos em relação à média esperada para o período, não foram relatadas situações de anormalidade com relação à implantação e ao desenvolvimento de lavouras e pastagens.

Com a umidade do solo em níveis adequados e a temperatura em elevação, as sementes não encontram dificuldades para a germinação, com 50% da área já se encontrando em pleno desenvolvimento vegetativo e em bom estado. Quanto aos preços do produto, apesar da pequena queda de 0,65% na cotação média da saca de 60 quilos, a situação segue confortável para quem ainda tem o grão em estoque, com o produto apresentando uma valorização de 25,64% em relação aos preços médios dos últimos períodos.

Os produtores de arroz estão preocupados com uma possível falta de água nas barragens das regiões da campanha e da fronteira sudoeste, que não atingiram suas cotas máximas devido ao regime de chuva verificado durante o período de outono e inverno. Os atuais preços praticados pelo mercado também têm desestimulado os rizicultores, que ainda avaliam a real conveniência de plantar ou não a área projetada para este ano. O atual preço, de R$ 22,90 para a saca de 60 quilos, é 24,79% inferior ao valor médio para o período (outubro).

Apesar dos dias de chuva registrados durante o último período nas regiões produtoras de trigo, a colheita das lavouras pôde iniciar de forma mais visível, alcançando 6% da área cultivada neste ano. Outros 18% já se encontram maduros e podem ser colhidos assim que as condições meteorológicas permitirem. Os rendimentos obtidos nas primeiras áreas estão dentro do esperado, ficando entre 2,2 mil quilos por hectare e 2,4 mil quilos por hectare.

Segundo avaliações dos técnicos da Emater/RS-Ascar, o potencial apresentado pelas lavouras em fase de enchimento de grãos/maturação apresenta-se superior, podendo influenciar positivamente a média esperada para este ano.