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Paraná dá a largada no plantio com produtor de olho nos custos

No oeste do Paraná, custo de produção cresceu 25% e produtor vai ter de produzir mais para não terminar a safra no vermelho

João Henrique Bosco | Medianeira (PR)

O plantio da soja no Paraná começou com a expectativa de elevação nos custos de produção em até 25% e perda de rentabilidade em 20%. A aposta dos produtores é em um planejamento mais eficaz para conquistar mais renda.

A variação cambial não favorece a compra de insumos, o que influencia em um custo mais alto. Ficou caro plantar soja este ano. Fatores que fazem desta safra única e diferenciada. Os produtores de Medianeira, no oeste Paraná, concordam. Poucas vezes a expectativa foi tão grande pelo início do plantio.

– Nosso plantio ficou mais caro. Nós temos um custo maior para plantar, mas estamos na expectativa na hora de vender a soja, porque, se continuar neste patamar de preços, nós vamos ter uma perda de 15 a 20% em relação ao ano passado – comenta o produtor rural Joceli Guizzo.

• Veja a previsão do tempo para o início do plantio

Se na safra passada a saca foi vendida na região a um preço que variava entre R$ 60,00 e R$ 62,00, na atual tem que alcançar no mínimo de R$ 76,00, para não terminar no vermelho.

– O desafio do produtor é produzir cada vez mais. Hoje se fala na soja futura a R$ 70,00 a saca. Eu creio que é um bom preço. Cada um tem que ver o seu custo e tem que fazer as contas, para ver qual a melhor época e condição para fazer frente às despesas e sua lucratividade – orienta o presidente do Sindicato Rural do município, Ivonir Lodi.

Planejamento

Para garantir uma safra com produtividade e lucro, é preciso de uma estratégia. Executar bem neste momento é um diferencial.

– Agora é o momento de você executar o que foi planejado e da melhor maneira possível, porque os custos subiram. A melhor maneira de diminuir este custo é produtividade. Planejamento bem feito e executar o melhor para conseguir o sucesso – reforça o técnico agrícola Mauro Vendrame.

O sojicultor Joceli Guizzo já montou sua estratégia. Ele está plantando 32 hectares de soja de ciclo longo, com a tecnologia RR1. Na próxima semana, ele vai utilizar a tecnologia RR2 em 50 hectares com grãos para ciclo médio, e finaliza o processo retomando o cultivo da RR1 em 45 hectares com a soja precoce. O clima, por enquanto, vem sendo um aliado no campo.

– Optamos por plantar um material, um ciclo mais longo, plantar mais cedo e consegue chegar lá na frente junto com os outros. A vantagem de plantar mais cedo é conseguir pegar a umidade, ter um clima bom com boa umidade do solo – explica o agricultor.

Veja a reportagem:

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