“No momento, a maior preocupação é com o Rio Grande do Sul, que está com 93% de sua área semeada. Tradicionalmente, os gaúchos enfrentam mesmo períodos de tempo mais seco e quente em dezembro. Embora a exacerbação da falta de umidade não seja regra em anos de La Niña, o fato de o fenômeno estar ativo causa mais ansiedade não apenas nos produtores, mas também em outros participantes do mercado”, destacou a AgRural em seu relatório semanal, destacando que já há relatos de replantio em alguns pontos isolados.
Também há queixas sobre a irregularidade das chuvas no oeste e no norte do Paraná, em Mato Grosso do Sul, alguns pontos de Goiás e até no sul de Mato Grosso, segundo a consultoria. “No Centro-Oeste, onde estiagens durante o verão são raras, as chuvas voltaram a ganhar força nesta semana e, pelo que tudo indica, não devem ocorrer maiores problemas.”
A AgRural fez um pequeno ajuste na estimativa de área plantada, reduzindo de 25 milhões de hectares para 24,8 milhões de hectares. Essa área, combinada à linha de tendência de produtividade, resulta em produção de 73,1 milhões de toneladas, segundo a consultoria. Desse total, 40% foi negociado até o final de novembro, dois pontos porcentuais acima do que foi registrado em outubro e do mesmo período do ano passado.
A primeira estimativa de safra com avaliação dos efeitos climáticos sobre o rendimento das lavouras será divulgada em janeiro.