O número de produtores assegurados tem crescido, mas a cobertura total das lavouras no Brasil ainda é baixa, em torno de 5%. Com um investimento 40% maior para o seguro de médios e grandes produtores, o governo espera chegar a 20% da área plantada nesta safra. Por enquanto, o aumento das adesões está relacionado às variações climáticas, como a estiagem que afetou a região Sul no início de 2012.
— Geralmente depois de um evento climático grave os produtores percebem a importância do seguro e a demanda aumenta muito nesse período. Por isso nós aportamos um recurso maior — afirma o diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, Luiz Antônio da Silva.
Para evitar novas perdas, os pequenos produtores do Sul do país se adiantaram. Rio Grande do Sul e Santa Catarina somaram 29 mil contratos entre julho e agosto. Em todo o país, são 52,8 mil contratos, 34% a menos do que no mesmo período do ano passado. A justificativa para a queda é que o plantio ficou para mais tarde, consequência da previsão de chuva intensa.
— A principal concentração do seguro de agricultura familiar é no Sul. Os agricultores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais são os que mais realizam financiamentos de custeio agrícola, que são os que podem estar segurados com o seguro da agricultura familiar — diz o diretor do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção da Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Guadagnin.