Segundo a diretora da MaxiQuim, Solange Stumpf, dentro do processo de produção agrícola, as únicas etapas em que o material não está incluído são o tratamento e o processamento
– O plástico sempre está associado às novas tecnologias, além de ter um custo baixo e influenciando na produtividade e na rentabilidade do produtor. Ele está presente em praticamente todos os processos da cadeia produtiva, desde o plantio, no cultivo protegido, irrigação, sacaria, armazenagem, embalagem, produto final, distribuição e marketing – disse.
Um dos principais usos do plástico no agronegócio e que vem crescendo bastante no Brasil é a armazenagem em silos bolsa, um sistema móvel de armazenagem de grãos.
– Este sistema substitui os silos convencionais, e pode ser utilizado tanto para grãos quanto para fertilizantes, forragem da criação de animais, dentre outros produtos. Além disto, o custo de um silo bolsa é mais baixo que o de um silo convencional – explicou Solange.
A nova modalidade de armazenamento oferece também uma vedação eficiente, impedindo o contato dos grãos com o oxigênio, criando um ambiente hermético que garante maior durabilidade ao produto armazenado, evitando a proliferação de insetos e fungos.
De acordo com o diretor de Relações Institucionais da Braskem do Rio Grande do Sul, João Ruy Dornelles Freire, o plástico, quando utilizado de maneira correta, é um grande aliado do produtor rural.
– O plástico está ali para contribuir em diversas etapas da produção. Após a utilização ele deve ser bem cuidado para que não fique ali impactando o ambiente, mesmo que este impacto seja somente físico, já que o plástico é quimicamente inerte. Além de todos os benefícios, o plástico, por si só, desde que encaminhado a uma unidade de reciclagem, também acaba gerando uma renda extra ao produtor – declarou.
Em relação às embalagens de defensivos agrícolas, um ponto que sempre causou apreensão em função dos danos que estas embalagens poderiam causar, Freire ressaltou que atualmente há uma rede de processamento destinada a esse fim e reforçou a possibilidade do produtor gerar renda a partir do descarte correto.
– A Associação Nacional dos Produtores de Defensivos Agrícolas conta com uma cadeia de logística reversa muito interessante em que os revendedores recebem este material que tem grande valor, isto dá dinheiro. Esta conexão entre o produtor e a reciclagem está muito bem estabelecida. O que o produtor tem que perceber é que a reciclagem deste material será um negócio que trará bons resultados – finalizou.