Política agrícola norte-americana não deve ser concluída neste ano, informa federação

Legislação atual, aprovada em 2008, expira este ano, e não parece que deputados e senadores terão tempo para elaborar uma nova, já que muitos concorrem à reeleiçãoO presidente da Federação Agrícola Americana, Bob Stallman, disse nesta quarta, dia 14, que é pequena a probabilidade de que o Congresso conclua ainda este ano a nova Farm Bill (legislação com os programas de política agrícola do Departamento de Agricultura dos EUA), que orientará a política para o setor nos próximos cinco anos.

Segundo Stallman, esse atraso pode significar cortes mais profundos do que os esperados nos subsídios para agricultores. A legislação atual, aprovada em 2008, expira este ano e não parece que deputados e senadores terão tempo para elaborar uma nova, já que muitos estão concorrendo à reeleição.

– Será muito difícil conseguir que o projeto de lei agrícola seja concluído este ano – disse Stallman.

Se o Congresso norte-americano não elaborar a legislação, afirmou, o Senado e a Câmara terão de recorrer a uma extensão até 2013, o que significa que a sanção da Farm Bill ocorrerá em um ano que provavelmente terá cortes orçamentários mais profundos do que os esperados para este ano.

A expectativa dos produtores é de que o Congresso elimine do novo projeto de lei agrícola alguns subsídios mais polêmicos, como o chamado programa de pagamentos diretos. Eles esperam, no entanto, que a nova legislação inclua outros tipos de subsídios no lugar daqueles que forem removidos. Segundo Stallman, se uma extensão for necessária, os pagamentos diretos provavelmente serão eliminados.

O Congresso aprovou em 2008 uma Farm Bill de US$ 284 bilhões. Os chamados pagamentos diretos corresponderam a cerca de US$ 5 bilhões por ano. O dinheiro é pago a agricultores cujas terras estão atreladas ao programa, mesmo se essas terras não estiverem sendo cultivadas. As informações são da Dow Jones.