Além de melhorias na área de saúde, resistência a infecções e o engajamento em instituições de defesa dos próprios direitos, o estudo aponta que a explosão do contingente está relacionada a mudanças no critério de autoidentificação dos censos. Nos levantamentos mais antigos, a auto-atribuição era aleatória.
? Isso pode ser explicado não só pelo aspecto demográfico, mas também pela mudança na autoidentificação de um contingente de pessoas que nos censos anteriores provavelmente se declaravam como pardos ? afirma o texto do documento.
De acordo com o documento, a maior parte da população indígena do país está no Norte, embora tenha caído quase pela metade nos anos pesquisados. Atualmente, vivem na região cerca de 29% do total. Em 1991, eram 42,4%.
Em um movimento contrário, cresceu o contingente indígena do Sudeste, onde subiu de 30,5 mil para 156 mil o número de indivíduos que se identificam como índios. No Nordeste, o contingente também aumentou, passando de 55 mil para 166 mil.
Segundo o levantamento do IBGE, a escolarização indígena, embora ainda muito baixa, também avançou nos anos pesquisados. Entre os dois censos, a média de estudo entre os indivíduos com mais de 10 anos de idade passou de 2 para 3,9 anos.