O governo federal, em uma decisão tomada nesta sexta-feira (3), anunciou o adiamento das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU) em todo o país.
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A medida, tomada em decorrência da situação de calamidade pública no Rio Grande do Sul causada pelas fortes chuvas, afeta os 2,14 milhões de inscritos no exame.
O exame, conhecido como “Enem dos Concursos”, estava originalmente agendado para domingo (5).
O adiamento, motivado pelas inundações e pelos estragos no estado gaúcho, onde 31 pessoas perderam a vida, gerou críticas pela falta de previsão no edital do concurso, que não contempla a possibilidade de reaplicação em casos de desastres naturais.
A ausência de um plano para lidar com situações excepcionais como essa causou insatisfação entre os candidatos, especialmente os 80.348 inscritos para realizar as provas nos 10 municípios gaúchos afetados.
Adiamento do concurso
O governo, por sua vez, alegou que o adiamento implicará em um custo adicional de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já havia solicitado o adiamento das provas devido à devastação causada pelas chuvas. Na quinta-feira (2), ele entrou em contato com a ministra Esther Dweck para formalizar o pedido.
No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o estado, acompanhado por ministros, para avaliar a situação e prestar apoio às vítimas.
O CNU oferece 6.640 vagas para diversas áreas da administração pública federal, com salários que variam de R$ 4.263,00 a R$ 27.203,56. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conta com 520 vagas, em diferentes blocos temáticos.
As inscrições para o concurso arrecadaram R$ 126 milhões, superando o custo total da realização do exame. O governo ainda não definiu uma nova data para a aplicação das provas.