Geller afirmou que a portaria que regulamenta o refúgio ainda não tem data para ser publicada e que a equipe técnica do Ministério está discutindo com os setores produtivos, para chegar ao percentual de área adequado para as lavouras de algodão, milho e soja que usam a tecnologia. Atualmente, as empresas de sementes BT recomendam que área de refúgio ocupe 20% da plantação.
– Quando chegar a um denominador comum, eu vou assinar a portaria, porque o refúgio é importante para manter a sustentabilidade. É importante frisar que pode entrar em vigor esse mês ou no mês que vem, mas ele passa a valer mesmo no ano que vem – disse o ministro.
Para João Carlos Jacob, vice-presidente da Associação de Produtores da Bahia (Abapa), o importante é que o país tenha uma regulamentação para que os produtores possam direcionar o seu rumo, sabendo o que fazer na cultura do ano seguinte.
– O custo de não proteger a biotecnologia ficará muito mais caro e poderá levar a inviabilidade da cultura do algodão no Brasil, se não for respeitado aquilo que for definido – alertou Jacob.
A expectativa agora está na reunião marcada para o próximo dia 11, quando representantes dos setores produtivos devem definir qual é o percentual de área para cada uma das culturas.
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