Para garantir embarques pelo porto, administração investe em agilidade e prêmios melhores
Ricardo Cunha | Paranaguá (PR)
O Brasil caminha para colher mais uma safra recorde neste ano. A previsão é que essa produção maior aumente as exportações do complexo soja. Quem optar por fazer embarques no Porto de Paranaguá, no Paraná, vai encontrar novidades que darão mais ritmo para as exportações da oleaginosa.
A colheita de soja está mais lenta este ano em consequência das chuvas do mês de fevereiro, que impediu as colheitadeiras de entrarem nos campos em várias regiões do país. Se no campo a atividade está mais lenta nesta reta final de safra, a expectativa nos portos é de muito movimento. A previsão de aumento nos embarques é real.
– Há expectativa de 48 milhões de toneladas, pelo menos, de embarques, o que é bem acima dos 46 milhões de toneladas do ano passado. Podemos até embarcar mais, pois teremos volume para isso. Dependerá muito ainda do câmbio, de mercado internacional e da demanda da China ao longo do ano – projeta o analista da consultoria Safras & Mercado Paulo Molinari.
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No Porto de Paranaguá, o segundo maior do país, as exportações começam a ganhar ritmo. O movimento mais intenso está previsto para os meses de março e abril. Apesar do maior volume, os embarques devem ficar 30% mais rápido. Essa agilidade ficará por conta da entrada em atividade de dois novos shiploaders, máquinas usadas para carregar navios.
Em agosto, mais dois equipamentos desses entrarão em funcionamento em Paranaguá, totalizando quatro novos shiploaders. Eles vão substituir as máquinas adquiridas na década de 1970. Os investimentos foram na ordem de R$ 59 milhões.
– O porto teve um conjunto de investimentos que superou os R$ 450 milhões de reais nos últimos três anos. Desde a dragagem, aquisição de novos shiploaders, dois novos pátios para caminhões começam a operar agora. É uma série de ações estruturantes que vão levar a uma melhoria no atendimento do cliente do porto – explica Luiz Henrique Dividino, diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Essas melhorias deram mais agilidade ao porto. Há três anos, um sistema de agendamento de descarga eliminou filas de caminhões. Os administradores acreditam que nesta safra, apesar da expectativa de atendimento diário de 2.400 carretas nos dez terminais de Paranaguá.
A previsão é que não serão registradas esperas acima de quatro horas entre a chegada e a saída do veículo. Por causa dessa redução de tempo, o Porto de Paranaguá também está oferecendo vantagens aos clientes.
– Paranaguá voltou a pagar prêmios positivos, US$ 2,50 por safra – afirma o diretor-presidente.
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Apesar dessa vantagem, o porto não será o único a disputar clientes nesta safra. Em uma safra com desvalorização do grão e alta do dólar, o produtor fará muito cálculo para ver onde é mais vantajoso escoar essa produção. Opções para isso não faltam.
– Cada porto tem se especializado em embarcar um pouco mais. Nós temos grandes embarques por Santos, Paranaguá, São Francisco e Rio Grande. Temos portos do Norte sendo ampliados: Miritituba, Santarém, Belém e São Luiz. São portos que vão passar a distribuir um pouco mais esses embarques de soja daqui pra frente – explica Paulo Molinari.
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