A movimentação de cargas no Porto de Santos avançou 18,3% em setembro, ante igual mês em 2014, com 11 milhões de toneladas, em virtude, principalmente, do avanço das exportações que foram impulsionadas pela desvalorização do real. De acordo com a assessoria do porto, a quantidade mensal foi recorde.
O acumulado de janeiro a setembro cresceu 6,8% em relação a 2014, passando de 83 milhões para 88,6 milhões de toneladas. A expectativa é registrar um novo recorde anual, superando o registrado em 2013, de 114 milhões de toneladas, segundo a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp).
Em nota, a diretoria afirma que o câmbio vem favorecendo as exportações de commodities agrícolas, principalmente trigo e soja, contribuindo para a elevação na movimentação de cargas no Porto de Santos.
Em setembro as exportações avançaram 28,1%, ante o mesmo mês em 2014, para 8,2 milhões de toneladas. No acumulado, os embarques cresceram 11,2%, para 63,9 milhões de toneladas. Os principais destinos por Santos foram a China (16,1%, US$ 6 bilhões), Estados Unidos (13,5%, US$ 5 bilhões) e Argentina (6,2%, US$ 2,3 bilhões).
Em setembro, o volume de milho exportado foi de 2,7 milhões de toneladas (104,3%), de açúcar foi de 1,9 milhão de toneladas (13,6%), farelo de soja foi de 414,0 mil toneladas (54,4%) e soja em grãos, com 207,2 mil toneladas (767,3%).
A participação do Porto de Santos no comércio exterior brasileiro foi de US$ 75,7 bilhões, correspondentes a 27,1% do total Brasil (US$ 278,7 bilhões). Nas exportações atingiu 26% (US$ 37,5 bilhões) do total do país (US$ 144,5 bilhões) e nas importações 28,4% (US$ 38,1 bilhões) de tudo que o Brasil comprou (US$ 134,2 bilhões).
As importações em setembro recuaram 4% para 2,7 milhões de toneladas. No acumulado, houve queda de 3,1%, para 24,7 milhões de toneladas. Já as principais origens das importações foram a China (21,9%, US$ 8,3 bilhões), Estados Unidos (15,7%, US$ 6 bilhões) e Alemanha (9,3%, US$ 3,5 bilhões). As cargas mais importadas pelo Porto de Santos, quanto ao valor, foram inseticidas (1,36%) e caixas de marchas (1,33%).