Agricultura

Portos do Paraná batem recorde de produtividade mesmo com pandemia

Até o fim de abril, são esperados 115 navios. Administração destaca que metas têm sido batidas com a máxima segurança dos trabalhadores envolvidos

Navios, porto, exportação
Foto: FAEP

Os portos do Paraná não sofreram interferência no movimento de cargas que chegam ou são enviadas por mar durante a pandemia de covid-19. São estimados, até o fim de abril, 115 navios atracados. Dessas embarcações, 28 estão programadas ou já aguardam ao largo para carregar e descarregar produtos de todos os segmentos. As 87 restantes foram anunciadas e devem chegar até dia 30.

“O fluxo nos portos paranaenses está normal, em que pese a atual situação de pandemia. Os terminais estão ativos, cumprindo metas de produtividade. Os tempos operacionais estão ágeis, os órgãos anuentes seguem mantendo a agilidade na liberação das atracações”, garante o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia.

Ele ainda ressalta que as atividades acontecem dentro da normalidade, desde a chegada dos caminhões até as atividades nas balanças. “Percebemos que todos, na cadeia logística do estado, sentem-se seguros com as medidas preventivas adotadas”, diz.

Granéis

Segundo o diretor de Operações, Luiz Teixeira da Silva Júnior, os portos têm alcançado recorde de produtividade, principalmente nas exportações de granéis sólidos. “Quando falamos em produtividade, falamos de volume movimentado, em determinado intervalo de tempo, com a máxima segurança dos trabalhadores envolvidos na operação, seguindo as normas e regulamentos”, garante.

Apenas de soja, em grão e farelo, no Corredor de Exportação, segundo o diretor, 19 navios aguardam para ser programados. Para Teixeira, isso explica a intensa movimentação dos caminhões que chegam ao pátio de triagem para a descarga. O diretor de Operações afirma que a descarga por ferrovia também aumentou. “Com destaque para os silos públicos nesse modal, com meta de descarga de cem vagões por dia”, afirma.

Até o final do mês, para o complexo soja, 21 navios estão anunciados para carregar os produtos. “Em média, temos pouco mais de um navio carregado por dia, no Corredor de Exportação. Já temos navios nomeados para os próximos 30 dias, o que se atualiza diariamente com novos anúncios”, diz Teixeira.

São previstos até o final do mês 11 navios: dez de soja (634.550 toneladas) e um de farelo (59.309 toneladas). Outros 21 navios são esperados: 17 navios de soja (mais de um milhão de toneladas) e quatro de farelo de soja (251.821 toneladas). Essas embarcações devem carregar durante o mês de maio.

Para a importação dos granéis sólidos (fertilizantes e cereais), a expectativa de movimento para o mês, também é alta. “Motivado pela disponibilidade de berços de atracação e também pela quantidade de caminhões na praça, possibilitando um frete de retorno competitivo”, comenta Teixeira.

Tempo operacional

Na importação dos fertilizantes e cereais, considerando a data e horário de chegada até a atracação, o tempo médio de espera de um navio está sendo de cerca de cinco dias.

Na exportação dos grãos e farelos, esse tempo médio tem sido de 12 dias. Os navios de carga geral, principalmente dos fertilizantes e dos contêineres, não chegam a esperar nem um dia para atracar nos portos do Paraná.

Carga geral

“Embora tenhamos notícias de que alguns portos da Europa estariam deixando de carregar, influenciando em algumas linhas para Paranaguá, com reflexo na importação de produtos industrializados, o movimento segue normal”, garante o diretor de Operações.