As exportações de milho fecharam os três primeiros meses do ano com 1,6 milhão de toneladas.
– Somente em março, exportamos praticamente o mesmo volume de milho movimentado em todo o primeiro trimestre do ano passado, 561 mil toneladas – compara o superintendente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
Ele explicou que a chuva atrasou embarques e ainda há dois navios de milho carregando e outros dois para carregar.
– Agora que concluímos o embarque do milho safrinha, a tendência é que a soja e o farelo cresçam em movimentação – disse.
A movimentação do milho se estendeu até março, sobretudo por conta das intensas chuvas. Relatórios estatísticos da Appa apontam que, no primeiro trimestre, as paralisações nos embarques causadas por chuva somaram 31 dias. No ano passado, no mesmo período, foram 15 dias de paralisação.
Açúcar
O volume de açúcar exportado no primeiro trimestre também é maior em comparação com o mesmo período de 2012. Até março, foram mais de 846 mil toneladas embarcadas, 88% a mais que o registro do ano passado, quando foram exportadas quase 451 mil toneladas.
Um dos motivos apontados para o aquecimento do mercado do açúcar é o preço convidativo para os compradores internacionais.
– Em média, os preços do açúcar no mercado internacional estão 10% menores. Com isso, a procura pelo produto aumenta e o mercado fica mais aquecido – explica o engenheiro agrônomo Disonei Zampieri, da Secretaria de Estado de Agricultura e Abastecimento.
Ainda de acordo com Zampieri, os preços da soja e do milho estão melhores para o exportador e, com isso, a compra dos insumos, principalmente dos fertilizantes, é antecipada. Pelos portos paranaenses, no primeiro trimestres, foram quase 2,2 milhões de toneladas de fertilizantes importados este ano – 27% a mais que o volume importado em 2012, pouco mais de 1,7 milhão.
Filas
O sistema Carga Online, que emite senhas para que os caminhões graneleiros cheguem a Paranaguá, está permitindo que o atendimento da safra ocorra sem formação de grandes filas de veículos.
– A intensa campanha de comunicação que temos feito com caminhoneiros, exportadores e operadores está surtindo efeito e evitado a formação de filas, que só trazem prejuízos – afirma Dividino.
Na manhã desta terça, dia 9, 67 navios aguardavam para carregar grãos em Paranaguá. No entanto, apenas dois (3%) têm carga total, estando prontos para carregar. A maioria, 50 navios (75%), ainda não possui carga. Entre os navios que não tem carga nominada, ocorrem duas situações: ou a carga ainda não chegou do interior, ou não foram sequer negociadas. Os outros 15 navios têm carga parcialmente composta.
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