No ano passado, o gasto com o sistema de segurança foi de R$ 130 milhões, pois a estiagem foi menor, de acordo com o ONS. Para o ano, a previsão, divulgada nesta quinta, dia 14, é de que as chuvas aumentem em novembro. Se as metas traçadas pelo órgão não se cumprirem, pode ser preciso acionar as térmicas.
? Acreditamos que [a meteorologia] deu um sinal, embora nós não tenhamos a garantia dos institutos de que esse sinal é sustentável. Há uma indicação de melhoria, mas ainda não sustentável. Vamos aguardar uma maior estabilidade ? afirmou o diretor-geral da ONS, Hermes Chipp.
A expectativa do ONS é que os reservatórios se recuperem na região Norte, que tem recebido o excedente de energia produzido no Sul e no Sudeste. No momento, o nível dos reservatórios do Sudeste é de 47%, acima da meta de 39%. Com as chuvas, a previsão é que o nível no Nordeste suba dos atuais 44% para pelo menos 45%, garantindo a reserva necessária.
? Essas metas, no final de novembro, são para garantir o atendimento no ano que vem, mesmo que ocorra a pior escassez da história. Como estamos com folga no Sudeste e baixa no Nordeste, assim que a região Norte der um sinal positivo, de período úmido, aumentaremos o intercâmbio (do uso da água ou das térmicas a gás como fonte de energia) para o Nordeste ir garantindo a meta sem usar térmicas a óleo ? explicou.
Chipp também disse que o crescimento da carga no país deve ser de 8%. O diretor acredita que o crescimento foi influenciado pela retomada da atividade da industrial depois do arrefecimento da economia, em 2009, e pela manutenção do crescimento de uso doméstico. A média de crescimento deve ser de cinco mil megawatts por mês.