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Possibilidade de privatização dos portos brasileiros divide setores

Representantes de trabalhadores temem restrição de oferta de vagasO governo estuda privatizar a infraestrutura dos portos brasileiros. Com a nova medida, o atraso no embarque e desembarque de mercadorias, com longas filas de navios e contêineres, pode diminuir. No entanto, entidades ligadas à exportação e aos trabalhadores dos portos dividem-se em opiniões.

Atualmente, o maior porto da América Latina, o Porto de Santos, trabalha com 1,4 mil funcionários vinculados a Codesp, órgão responsável pela administração do complexo. Além deles, mais 700 trabalhadores avulsos estão envolvidos em várias funções, entre elas a de conferente de carga e descarga.

O vice-presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária, João de Andrade, afirma que apesar de ainda desconhecer os detalhes do pacote, teme pela extinção do conselho de autoridade e do órgão gestor de mão de obra.

– A gente está escutando rumores de que o pacote não é bom. A gente quer ser inserido no pacote. Como fica o mercado de trabalho para os trabalhadores avulsos? – questiona o vice-presidente do Sindaport, João de Andrade.

Ao todo, há 37 portos públicos no Brasil. Desse total, 18 são administrados por companhias docas federais que, segundo o representante do sindicato, passam por problemas financeiros – o que acaba impedindo melhorias na infraestrutura. De acordo com Andrade, o problema é que a legislação impede as companhias de usarem o dinheiro para investir em obras de urgência, já que é preciso cumprir uma série de procedimentos legais.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que no Porto de Santos, um contêiner chega a ficar parado em média 17 dias. A média mundial é de apenas cinco dias. Por isso, a notícia de privatizar os portos é positiva para alguns setores ligados ao agronegócio.

– Sem dúvida nenhuma, acho que ela traz grande competitividade pro setor. Principalmente para o agronegócio, que depende desse fluxo para conseguir colocar os seus produtos no exterior – avalia o gerente de logística da Cargill, Rodrigo Arnus.

O conselheiro de logística da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) lembra que é necessário melhorar as condições logísticas nos portos, já que até 2020 o Brasil deve assumir um papel importante no cenário internacional por causa da demanda por alimentos.

– O Brasil precisa ter consciência de que mudou seu patamar de importador para exportador. Ele tem uma responsabilidade muito séria perante o contexto mundial – defende Luiz Antônio Fayet.

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