A empresa estima que, com um investimento total da ordem de US$ 3,5 a US$ 4 bilhões, seria possível produzir anualmente quatro milhões de toneladas de Cloreto de Potássio (KCl). Segundo Diniz, o Brasil é altamente dependente da importação de potássio para suprir as suas necessidades domésticas de fertilizantes.
? O desenvolvimento de operações nesta região poderia mudar o status do Brasil, de importador de potássio, para exportador do produto. O fornecimento de potássio para os agricultores brasileiros por meio deste projeto será alcançado, em parte, através de acordos comerciais já firmados entre a Empresa e duas das maiores cooperativas agrícolas brasileiras, a CCAB e a Coonagro ? afirmou.
Dando sequência aos resultados anunciados no ano passado, referentes ao furo PB-AT-10-02, que intersectou silvinita (minério de potássio) com 1,86 metros de espessura, a uma profundidade de 841.78 metros, apresentando um teor médio de 32.59% KCl, o furo PB-AT-11-09 interceptou 1.82 metros de silvinita a uma profundidade de 843.08 m, com teor de 39.94% KCl.
O Furo PB-AT-11-09 está localizado a aproximadamente 1,8 quilômetro a sudoeste do furo PB-AT-10-02. Ambos os furos estão localizados no município de Autazes, Amazonas.
? Os trabalhos concluídos até agora sugerem um grande potencial para a descoberta de múltiplas jazidas de potássio na região ? confirma o diretor executivo da Potássio do Brasil, Hélio Diniz.
O Gerente de Projeto do Potássio Brasil, André Costa, explicou que, em meio a essas grandes bacias sedimentares, a mineralização de potássio ocorre em sub-bacias com dimensões significativas, onde é alcançado a máxima salinidade que resulta na formação da silvinita.
? Claramente, entendemos que as condições alcançadas são similares às encontradas nas bacias de Saskatchewan e Ural, onde várias sub-bacias desenvolvem-se simultaneamente em posições estratigráficas especificas. Estamos atualmente no processo de quantificar os recursos minerais de algumas dessas áreas promissoras que foram definidas com base nos estudos e interpretações dos dados geológicos e geofísicos de furos exploratórios para petróleo na Bacia. Estamos confiantes de que outras sub-bacias com mineralização de silvinita serão identificadas nos seus 400 quilômetros de extensão ? frisou André.
A Potássio do Brasil continuará a sondagem até que os recursos minerais de potássio sejam quantificados e possibilitem o avanço dos estudos técnicos e econômicos para definir a viabilidade do projeto e a consequente instalação de unidade de produção, caso os resultados desses estudos sejam positivos.