Possíveis jazidas de potássio na Bacia Amazônica podem suprir matéria-prima para fertilizantes no Brasil

Potássio do Brasil estima produzir quatro milhões de toneladas de Cloreto de Potássio (KCl)A Potássio do Brasil anunciou nesta segunda, dia 22, os resultados do Furo PB-AT-11-09, confirmando a visão da empresa de que a Bacia Amazônica pode conter jazidas de potássio de classe mundial. O Projeto está localizado no Estado do Amazonas, próximo às jazidas de Fazendinha e Arari, da Petrobrás.

A empresa estima que, com um investimento total da ordem de US$ 3,5 a US$ 4 bilhões, seria possível produzir anualmente quatro milhões de toneladas de Cloreto de Potássio (KCl). Segundo Diniz, o Brasil é altamente dependente da importação de potássio para suprir as suas necessidades domésticas de fertilizantes.

? O desenvolvimento de operações nesta região poderia mudar o status do Brasil, de importador de potássio, para exportador do produto. O fornecimento de potássio para os agricultores brasileiros por meio deste projeto será alcançado, em parte, através de acordos comerciais já firmados entre a Empresa e duas das maiores cooperativas agrícolas brasileiras, a CCAB e a Coonagro ? afirmou.

Dando sequência aos resultados anunciados no ano passado, referentes ao furo PB-AT-10-02, que intersectou silvinita (minério de potássio) com 1,86 metros de espessura, a uma profundidade de 841.78 metros, apresentando um teor médio de 32.59% KCl, o furo PB-AT-11-09 interceptou 1.82 metros de silvinita a uma profundidade de 843.08 m, com teor de 39.94% KCl.

O Furo PB-AT-11-09 está localizado a aproximadamente 1,8 quilômetro a sudoeste do furo PB-AT-10-02. Ambos os furos estão localizados no município de Autazes, Amazonas.

? Os trabalhos concluídos até agora sugerem um grande potencial para a descoberta de múltiplas jazidas de potássio na região ? confirma o diretor executivo da Potássio do Brasil, Hélio Diniz.

O Gerente de Projeto do Potássio Brasil, André Costa, explicou que, em meio a essas grandes bacias sedimentares, a mineralização de potássio ocorre em sub-bacias com dimensões significativas, onde é alcançado a máxima salinidade que resulta na formação da silvinita.

? Claramente, entendemos que as condições alcançadas são similares às encontradas nas bacias de Saskatchewan e Ural, onde várias sub-bacias desenvolvem-se simultaneamente em posições estratigráficas especificas.  Estamos atualmente no processo de quantificar os recursos minerais de algumas dessas áreas promissoras que foram definidas com base nos estudos e interpretações dos dados geológicos e geofísicos de furos exploratórios para petróleo na Bacia. Estamos confiantes de que outras sub-bacias com mineralização de silvinita serão identificadas nos seus 400 quilômetros de extensão ? frisou André.

A Potássio do Brasil continuará a sondagem até que os recursos minerais de potássio sejam quantificados e possibilitem o avanço dos estudos técnicos e econômicos para definir a viabilidade do projeto e a consequente instalação de unidade de produção, caso os resultados desses estudos sejam positivos.