Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Possível importação de maçãs da China preocupa produtores brasileiros

Fruticultores estão preocupados com a entrada de pragas no país, além da ameaça à continuidade na atividade

Fonte: Divulgação/Pixabay

A possibilidade de o Brasil fechar um acordo fitossanitário com a China para importação de maçã do país asiático provocou a reação imediata de representantes do segmento. A preocupação principal é com a entrada de novas pragas em território brasileiro, um ano após a erradicação da Cydia pomonella, que por mais de 20 anos atacou os pomares de maçã na região Sul, onde predomina a produção da fruta.

O assunto foi debatido nesta terça, dia 6, na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR) da Câmara dos Deputados. O debate mobilizou as principais entidades representativas do segmento da maçã, além de prefeitos, secretários estaduais e municipais de agricultura e representantes do governo federal, diante da importância desta cultura para a economia dos municípios dos três estados do Sul, que gera 195 mil empregos diretos e indiretos, mas que tem sofrido nos últimos anos com redução de área de plantio e com margens de lucro dos produtores cada vez mais estreitas. Assim, a possível entrada do produto chinês no Brasil seria uma ameaça à continuidade de muitos fruticultores nesta atividade.

Além do risco de novas pragas ou até mesmo o reaparecimento da Cydia pomonella, a maçã chinesa poderia entrar no Brasil mais barata do que a fruta produzida internamente, com ajuda expressiva do governo chinês. A China responde por metade da produção mundial atualmente. Neste contexto, um dos pleitos dos produtores é não incluir em acordos fitossanitários para importação, além do acesso aos processos de análise de risco de pragas do governo e a participação das entidades representativas nas discussões que envolvem esta cultura.

– É um risco que o setor corre, levando-se em conta os empregos e a renda que o setor gera. É preciso adotar uma medida urgente pela importância do setor – disse o assessor técnico da Comissão Nacional de Fruticultura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Eduardo Brandão Costa.

– É um setor que democratiza a renda para muita gente. Vai ser uma ameaça à continuidade da atividade no Brasil – alertou o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM), Moisés Albuquerque, explicando que o Brasil é o 12º produtor mundial e que a maçã é a terceira fruta mais consumida internamente, atrás da laranja e da banana.

O setor também apresentou outras reivindicações consideradas prioritárias. A pauta inclui a manutenção, para este ano, do volume de recursos para a subvenção ao prêmio do seguro agrícola destinado no ano passado, de R$ 51 milhões, da publicação do plano de contingência da Cydia pomonella e medidas de controle de pragas.

Sair da versão mobile