– Tivemos um clima bom no plantio, no mês de novembro, no desenvolvimento da lavoura, a gente teve um veranico de água, onde a planta precisava de água para se desenvolver. O mês de dezembro veio faltando chuva, só mantendo um pouco e a planta vem se estressando, prejudicando a produção – salienta o produtor.
Cruz destaca que algumas plantas deixaram de crescer mais de 20 centímetros e as vagens não cresceram o tanto que era esperado. A produtividade que ele tinha programado para 60 sacas por hectare,não devem passar de 48 sacas nas áreas mais críticas.
– Teve um aborto de flores muito grande. Vai ter uma quebra na produção devido a isso. E ainda a soja depende de muita água. Hoje temos pouca previsão de chuva e do jeito que está indo pode até quebrar mais – diz.
O produtor vendeu 70% da produção antecipadamente, ainda em setembro. Ele conseguiu R$ 62 pela saca de 60 quilos. O valor é considerado muito bom, mas com os problemas climáticos, a tendência é que o preço de comercialização fique ainda maior.
– Isso é um grande fator para o produtor rural sair um pouco do sufoco, ter maior lucratividade pelos preços, mas em si, pela produção nem tanto. Hoje, o preço é um dos principais fatores onde os contratos já estão se falando para 2014, pagamento para abril em torno de R$ 62 e R$63 a soja. É um excelente preço, mas a produção vai dar uma queda – diz o engenheiro agrônomo, André Zílio.
Outras cidades da região, que também produzem soja, foram afetadas com a falta de chuvas. Segundo Zílio, mesmo que haja a normalização pluviométrica agora, não tem mais como recuperar.