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Poucos caminhões e acúmulo de navios atrapalham negócios, afirma Anec

Associação Nacional dos Exportadores de Cereais estima que embarques de grãos estejam cerca de um mês atrasadosA escassez de caminhões e o congestionamento de navios nos portos brasileiros dificultam o cumprimento dos contratos de exportação, trazendo de volta as preocupações sobre um apagão logístico no país. A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima que os embarques de grãos estejam cerca de um mês atrasados.

— O navio que chegou há dois ou três dias vai embarcar só em abril. É um absurdo — afirma o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes.

Nos dois primeiros meses de 2013, foram exportados cerca de três milhões de toneladas de milho a mais que no mesmo intervalo de 2012 – metade do volume pelo Porto de Santos, no litoral de São Paulo, afirma. Considerando que 40% do transporte para o porto se dá por via terrestre, Mendes calcula que cerca de 15,4 mil carretas tenham sido necessárias para levar o cereal até Santos.

— Duas mil carretas enfileiradas totalizam 66 quilômetros. Imagine agora 15,4 mil carretas demandando o mesmo porto — diz.

De acordo com a associação, 27,4 milhões de toneladas, ou 53% dos 51,7 milhões de toneladas de sementes estimadas hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para exportação no ano-safra 2012/2013 – 36,78 milhões de toneladas de soja e 15 milhões de toneladas de milho – serão transportadas por rodovias, o que significa que os veículos terão de fazer, aproximadamente, 1,7 milhão de viagens.

Segundo o diretor-geral da Anec, a solução para evitar um apagão é o escoamento da safra pelo Arco Norte, o que não deve ocorrer neste ano.

— Agora, tem pouca coisa a ser feita; tranquilamente, acho que vamos perder exportação — afirma.

Recentemente, a China intensificou as compras de soja dos Estados Unidos, o que alimentou rumores de que os atrasos de embarque no Brasil estariam desviando a demanda chinesa para os norte-americanos.

— Não é nenhuma novidade que o Brasil teria uma pane de infraestrutura e as empresas agora têm de se virar para renegociar contratos — observa o gestor do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca.

Ele avalia que o déficit em armazenagem acentua as limitações de planejamento.

Conforme Latorraca, Mato Grosso tem capacidade para estocar 28 milhões de toneladas. Em 2012/2013, entretanto, o Imea projeta uma colheita de 37,4 milhões de toneladas de grãos – 24,1 milhões de toneladas de soja e 13,3 milhões de toneladas de milho.

— Os armazéns estão cheios de soja e, até junho, temos de abrir espaço para a safra de milho, que vai ser grande — diz.

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