? A expectativa é de que, com o avanço da colheita da maior safra da história no país, as cotações sigam recuando ? aposta o analista de Safras & Mercado, Élcio Bento.
O cenário atual traz incertezas para ambos os lados do mercado. Os produtores, temendo retrações ainda mais intensas, entram no mercado e acabam potencializando a tendência de baixa.
? As indústrias operam com cautela, comprando apenas o necessário para atender necessidades imediatas ? frisa.
Segundo Bento, com os preços caindo dia a dia, uma posição compradora mais agressiva significa ficar com uma matéria-prima mais cara que a dos concorrentes que aguardaram novas retrações.
? Este é um movimento parecido com o que ocorreu durante a segunda quinzena de abril e a primeira quinzena de maio ? lembra.
Com uma safra recorde, o movimento de baixa só poderá ser estancado pela paridade de exportação, ou seja, no momento em que o produto nacional se tornar atrativo no exterior.
? Com o dólar comercial no menor patamar em relação ao real desde agosto de 2008, o mercado doméstico fica cada vez mais dependente de preços externos elevados. Sem isto, durante este segundo semestre não será difícil as cotações buscarem o preço mínimo estipulado pelo governo, de R$ 1,35 por libra-peso ? acredita.