? Hoje, ao custo médio de US$ 150 por tonelada de cana pedido por usinas prontas, já é viável a construção de greenfields ? disse ele.
O principal obstáculo em relação à edificação de novas unidades é que o projeto demora cerca de três anos para começar a dar retorno enquanto uma unidade pronta tem retorno quase imediato.
Branco informa que a Petrobras Biocombustível ainda não investiu na construção de novas unidades. Ele cita o caso da Usina Boa Vista, da Nova Fronteira, joint venture entre Petrobras e São Martinho, onde foram aplicados recursos para elevar a produção de 2,3 milhões de toneladas de cana para oito milhões de toneladas.
? Não foi um greenfield, mas foi quase ? disse.
O executivo disse que, se os preços de greenfield e brownfields (usinas prontas) continuarem semelhantes, investimentos em usinas novas não estão descartados.
Na terça, dia 22, o presidente da Cosan, Marcos Lutz, afirmou que os preços elevados das usinas prontas estavam dificultando novas aquisições por parte da empresa. Segundo ele, um preço que torna uma aquisição viável gira em torno de US$ 100 por tonelada, enquanto os preços pedidos estão, em média, em cerca de US$ 150 por tonelada.
O diretor comercial de açúcar e etanol do Itaú BBA, Alexandre Figliolino, disse que os preços pedidos por usinas estão elevados em função da forte demanda existente neste momento por ativos de açúcar e álcool. Segundo ele, a entrada de novos participantes nesse mercado, como petroleiras e tradings, elevou a cotação de usinas em alguns negócios.
? Estes novos participantes acabaram pagando um preço alto para entrar no setor e este valor foi para o mercado, embora a precificação de uma usina dependa de vários fatores ? disse.