– A queda de preços já começa a afetar a sustentabilidade do setor, especialmente dos produtores de arábica – lamentou.
Após os debates dos últimos dias, Silva diz que o ambiente negativo reduz o fôlego financeiro dos produtores, o que deve ser visível na próxima safra.
– Produtores de arábica já estão sendo afetados e terão menos condições de fazer os novos tratos culturais – disse.
Silva considera não que não há “número mágico” para o preço da commodity.
– O que posso afirmar é que já vi situações com preços muito baixos e outras com preços muito altos. E hoje não estamos em um patamar satisfatório – argumenta.
Nos últimos meses, o preço internacional do café amargou queda de cerca de 30%. Diante desse quadro, o representante da OIC afirma que representantes do governo brasileiro indicaram que o país estuda medidas para ajudar os cafeicultores em dificuldade.
– O governo está estudando medidas para ajudar o produtor brasileiro. Isso está em curso – afirma.
Sobre as perspectivas do mercado, Silva diz que a OIC tem uma visão menos otimista da produção nos próximos anos.
– Não vemos o crescimento que muitos analistas esperam. O próprio preço mais baixo do café mostra que a produção não crescerá tanto, já que acaba inviabilizando o setor – conclui.