Entre os produtos,o feijão aparece com destaque, tendo o preço aumentado em 15 das 17 cidades. Manaus foi a Capital em que o feijão teve maior alta (20,18%), seguida de Vitória (14,22%), Florianópolis (13,77%), Rio de Janeiro (10,52%) e Fortaleza (10,06%).
O preço da carne, alimento com maior peso na composição, aumentou em 14 das 17 Capitais. Natal esteve no topo da lista onde os preços da carne subiram mais, com avanço de 10,85%, seguido por Vitória (10,76%) e Rio de Janeiro (8,18%). Em movimento oposto, o preço da carne caiu em João Pessoa (-0,18%), Belém (-0,19%) e Brasília (-1,04%).
De acordo o Dieese, com o fim do período de entressafra deve haver maior oferta do produto e, conseqüentemente, maiores chances de queda no preço. Os técnicos alertam, porém, que essa oferta pode não ser tão expressiva diante da expectiva de maior demanda do exterior, com a liberação da exportação para os países da União Européia e as vantagens de atuar no mercado externo com a valorização da moeda norte-americana.
A cesta básica nas Capitais
A maior elevação foi constatada em Fortaleza (8,07%), seguida por Natal (7,99%), Manaus (5,79%), Salvador (4,80%) e Vitória (4,13%). Em Porto Alegre, os itens foram corrigidos em média 3,3%, com a Capital gaúcha passando a registrar a cesta mais cara do país (R$ 239,82), posição antes ocupada por São Paulo onde ocorreu alta de 1,48%, elevando a cesta para R$ 238,15.
Florianópolis aparece em terceiro lugar com a cesta custando R$ 228,44. As cestas de menor valor são as de Recife (R$ 169,40%), que teve aumento de 0,98% e de João Pessoa (R$ 177,32), alta de 0,28%.
Manaus integra pela primeira vez o conjunto de Capitais pesquisadas. Na Capital amazonense, os consumidores tiveram de desembolsar R$ 221,35 para comprar os produtos da cesta básica, pagando 5,79% a mais do que em setembro. No acumulado dos últimos doze meses, a maior variação ficou com Natal (30,42%), passando para R$ 198,23. Já no acumulado do ano, Florianópolis foi a Capital com a taxa de correção mais elevada (19,71%).
O estudo do Dieese mostra que, para garantir o acesso às necessidades básicas, as famílias deveriam ter ganhos mensais de R$ 2,014,73, em outubro ou 4,85 vezes o piso nacional (R$ 415) ante R$ 1.797,66, de igual período do ano passado, quando o valor projetado era 4,75 vezes o piso da época (R$ 380). O cálculo foi feito com base na aceleração dos preços em Porto Alegre.