O preço oferecido, em alguns municípios de Mato Grosso, pela saca de soja está até 13% mais baixo em julho deste ano, quando comparado ao mesmo mês do ano passado. As informações aparecem no levantamento semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
Segundo a entidade, o mercado da soja no estado segue passando por momentos de incertezas nas últimas semanas. “Os principais indicadores que influenciam o preço da oleaginosa em Mato Grosso se encontram pressionados. Desde maio, quando chegou a ultrapassar a barreira dos R$ 4,00, a moeda norte-americana vem apresentando desvalorização, fechando sexta-feira (26/07) cotada a R$ 3,77, acumulando um recuo de 4,34% em relação ao fechamento de maio. Da mesma forma, as cotações do contrato corrente do grão na bolsa de Chicago tem encontrado dificuldades de encontrar suporte acima dos US$ 9,00 por bushel, fechando na última sexta a US$ 8,83 por bushel”, diz o imea.
Com isso, a cotação da oleaginosa segue sob pressão, mostrando desvalorização de até 13% em algumas praças, como é o caso de Diamantino. Por lá a saca que hoje é vendida a R$ 61,80, em julho do ano passado estava em R$ 71.
Em Canarana a saca que era vendida a R$ 69 em 2018, agora é negociada a R$ 62, recuo de 10%. Em Sorriso a saca recuou de R$ 69,20 em julho do ano passado, para R$ 62,60 este ano. Em Rondonópolis, onde a saca é negociada pelo maior valor, o recuo chegou a 9,46%, atingindo R$ 67,45.
“Diante das incertezas da safra dos Estados Unidos e dos avanços na relação comercial entre os americanos e os chineses, as cotações do grão tendem a continuar pressionadas”, afirma a entidade.