Preço da soja reage, sobe até R$ 2 por saca e vendas no Brasil aumentam

Valorização foi puxada por alta de quase 1% na Bolsa de Chicago e no câmbio, reflexo na notícia de que os Estados Unidos devem plantar menos soja na temporada 2019/2020

A colheita da soja no Brasil está em ritmo extremamente rápido, quase o dobro do que normalmente se colhe até este momento. Ainda assim os negócios envolvendo a oleaginosa estavam bastante lentos no país. Isso porque os preços praticados por aqui não estavam tão interessantes e os vendedores estavam retraídos esperando uma reação. Na última quinta-feira, dia 21, o mercado recebeu notícias baixistas sobre a safra americana e se posicionou elevando os preços da soja na Bolsa de Chicago. Com isso, os preços no Brasil subiram até R$ 2 por saca, trazendo os vendedores para as negociações, afirma a consultoria Safras & Mercado.

“O dia foi, enfim, bem mais animado no mercado físico brasileiro de soja. O volume de negócios melhorou de modo geral, com comercialização reportada em quase todos os estados e em boas
quantidades. A alta da soja na Bolsa de Chicago e a valorização do dólar resultaram em preços mais altos para a oleaginosa no Brasil, o que movimentou bem mais o mercado interno”, diz o analista Luiz Fernando Gutierrez.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 74 para R$ 76 a saca. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 73,50 para R$ 75 a saca. No porto de Rio Grande, preços subindo de R$ 77,50 para R$ 78,50.

Em Cascavel, no Paraná, o preço avançou de R$ 72 para R$ 73,50. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 78 para R$ 79.

Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 68 para R$ 69,50. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 68,50 para R$ 69. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 68,50 para R$ 69,50.

Chicago e câmbio na quinta-feira

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em alta. Segundo a Safras & Mercado a expectativa de que um acordo entre a China e os Estados Unidos seja fechado até 1 de março atuou como fator de suporte. Outro ponto que teve peso na alta da cotação foi o anúncio realizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimando uma menor área a ser plantada com soja neste ano. A superfície deve chegar a 33,3 milhões de hectares em 2019, contra 36 milhões de 2018.

Com isso, os contratos da soja em grão com entrega em março fecharam com alta de 0,94%, a US$ 9,11 por bushel. A posição maio teve cotação de US$ 9,24 por bushel, ganho de 8,25 centavos de dólar em relação ao fechamento anterior ou 0,9%.

Nos subprodutos, a posição março do farelo fechou com alta de US$ 0,70 ou 0,22%, sendo negociada a US$ 305,90 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em março fecharam a 30,49 centavos de dólar, com ganho de 0,53 centavo ou 1,76%.

O dólar comercial também encerrou a sessão de quinta em alta de 0,88%, negociado a R$ 3,7600 para a compra e a R$ 3,7620 para a venda. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7170 e a máxima de R$ 3,7730.

Chicago e câmbio nesta sexta

Os contratos da soja em grão registram preços próximos à estabilidade nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira, dia 22. Segundo a Safras & Mercado os negociadores buscam uma consolidação frente aos ganhos significativos de quinta.

Com isso, os contratos com vencimento em maio de 2019 operam cotados a US$ 9,24 por bushel, ou seja, 0,02% mais elevados.

Já o dólar comercial abriu a sessão desta sexta em leve queda de 0,05%, negociado a R$ 3,7580 para a compra e a R$ 3,7600 para a venda. A moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 3,7590 e a máxima de R$ 3,7620.

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