Todas as praças brasileiras registram preços mais baixos para a oleaginosa. Perda mais forte aconteceu no Porto de Paranaguá e em Cascavel, no Paraná
Enquanto os contratos da soja em grão registram preços mais altos nas negociações da sessão eletrônica na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), nesta sexta-feira, dia 26, no Brasil os valores estão em queda. Segundo levantamento da consultoria Safras & Mercado, algumas praças, incluindo o porto de Paranaguá registraram perda de até R$ 2 por saca em um dia. Pesam negativamente: a evolução da colheita nos Estados Unidos e as fracas exportações do país. A firmeza do dólar frente a outras moedas completa o quadro negativo.
O mercado brasileiro de soja registra preços mais baixos nesta sexta-feira. As cotações foram pressionadas pelo terceiro pregão seguido de perdas para a oleaginosa na Bolsa de Chicago e pela desvalorização do dólar contra o Real. Assim, o mercado travou e não houve negócios reportados no dia.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 85 para R$ 84. No porto de Rio Grande, os preços recuaram de R$ 89 para R$ 88. Em Cascavel, no Paraná, o preço caiu de R$ 83 para R$ 81 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca passou de R$ 89 para R$ 87.
Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 75 para R$ 74,50. Em Dourados (MS), a cotação caiu de R$ 79,50 para R$ 78,50. Em Rio Verde (GO), a saca caiu de R$ 77 para R$ 76.
Soja tenta reação na Bolsa
Mesmo se os preços conseguirem permanecer em campo positivo, isso não deve reverter as perdas acumuladas e o mercado deve enfileirar a terceira semana negativa consecutiva.
Os contratos com vencimento em novembro de 2018 operam cotados a US$ 8,43 por bushel, com ganho de US$ 0,02 por bushel ou 0,23% sobre o fechamento anterior. Já os contratos para janeiro de 2019 operam nesta manhã a US$ 8,56 por bushel, alta de 0,20%.
O resultado das exportações semanais americanas ficou abaixo do esperado pelo mercado. As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2018/2019, com início em 1 de outubro, ficaram em 212 mil toneladas na semana encerrada em 18 de outubro. O maior comprador foi o Egito, com 111 mil toneladas. Para a temporada 2019/2020, foram mais de mil toneladas. Somando-se as duas temporadas, analistas esperavam entre 300 mil a 800 mil toneladas.