As cotações do milho continuam firmes e em alta no mercado brasileiro, apesar da pressão de baixa verificada sobre os preços das commodities agrícolas no mercado mundial, em função da classificação de pandemia do coronavírus pela Organização Mundial da Saúde e da queda no preço do petróleo.
A Scot Consultoria afirma que neste caso, a demanda aquecida, as revisões para baixo nos estoques internos e o câmbio em patamar elevado dão sustentação aos preços do cereal, em reais. A saca de 60 quilos do grão está cotada entre R$ 55 e R$ 56, na região de Campinas (SP), sem o frete, frente a negócios em R$ 53 por saca no início do mês. Em relação a março de 2019, o milho está custando 37,5% mais este ano.
Para o curto e médio prazos, a empresa afirma que a expectativa é de preços firmes para o milho e altas não estão descartadas no mercado brasileiro até que se tenha uma ideia melhor acerca da produção na segunda safra, em reta final de semeadura no país.
“A boa demanda, as incertezas com relação ao clima e o câmbio são os principais fatores de sustentação das cotações em reais. De qualquer forma, a atenção continua com relação ao monitoramento da situação do coronavírus e petróleo no Brasil e no mundo, que poderá afetar a economia mundial”, disse a empresa.