A menor taxa do IPC-S foi influenciada por perda de força na inflação dos alimentos (de 3,11% para 2,36%). Segundo a FGV, nesta classe de despesa, houve desacelerações e quedas de preços em produtos importantes no cálculo da inflação, como hortaliças e legumes (de 14,52% para 9,64%), frutas (de 0,70% para -1,07%) e adoçantes (de 4,65% para 2,15%).
Das sete classes de despesa usadas para cálculo do indicador, apenas duas apresentaram decréscimos em suas taxas de variação de preços, do IPC-S de até 7 de abril para o indicador de até 15 de abril, anunciado nesta sexta, dia 16. Além de alimentação, é o caso de despesas diversas (de 0,10% para 0,00%). Esta última foi influenciada por um retorno à deflação nos preços de alimento para animais domésticos (de 0,54% para -0,34%) e de vinho (de 0,00% para -1,30%).
As outras classes de despesa apresentaram aceleração ou queda mais fraca de preços. É o caso de habitação (de 0,22% para 0,25%); vestuário (de -0,12% para 0,45%); saúde e cuidados pessoais (de 0,49% para 0,50%); educação, leitura e recreação (de 0,19% para 0,30%); e transportes (de -0,48% para -0,45%).
A FGV informou ainda que, entre os produtos pesquisados para cálculo do IPC-S de até 15 de abril, os aumentos de preços mais intensos foram apurados nos preços de tomate (24,59%); leite tipo longa vida (10,67%); e batata-inglesa (12,70%). Já as mais expressivas quedas de preços foram registradas nos preços de álcool combustível (-12,32%); manga (-15%); e gasolina (-0,74%).