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Preço dos fertilizantes sobe com alta do dólar

Valores pagos pelos insumos estavam mais acessíveis em 2009Comemorada pelo setor exportador, a alta do dólar no início deste ano é  motivo de cautela entre agricultores. A valorização traz novamente a tona um velho problema para o homem do campo. Os preços pagos pelos fertilizantes, que estavam mais acessíveis em 2009, voltaram a subir.

Em apenas uma fazenda no interior de São Paulo, há 30 toneladas de adubo em estoque. Uma parte foi comprada no ano passado, e a outra há poucos dias. Neste intervalo de tempo, o agricultor Adilson Amstalden Júnior percebeu a diferença de preço.

? Quando a gente comprou esse estoque de adubo, o preço estava mais baixo do que está hoje. Ele foi adquirido em uma condição de preço mais favorável com entrega posterior ? diz o produtor.

Segundo Amstalden Júnior, desde a última aquisição, a tonelada do fertilizante ficou R$ 200 mais cara. Ele só pretende voltar às compras em abril, quando a demanda para o plantio do milho safrinha diminuir.

? O adubo em estoque vai ser utilizado na lavoura do feijão. O trator prepara o solo para o plantio que começa nos próximos dias. O da batata tem início em maior tempo. Mas agora o produtor tem dificuldades em antecipar compras ? afirma.

Falta remuneração. O milho já está seco no pé, mas a colheita de verão ainda não começou na fazenda. Mesmo com parte da safra vendida, o produtor ainda não sabe quanto vai receber.

? A gente já tem compromisso de entrega, mas o preço ainda não foi definido, vai ser definido na hora da entrega. Vai demorar ainda para entrar um pouco de dinheiro para efetuar a compra dos fertilizantes ? explica Amstalden Júnior.

O valor dos insumos subiu em compasso com a alta do dólar neste início de ano, o que é reflexo da dependência externa. O Brasil importa mais de 60% da matéria prima utilizada na fabricação de fertilizantes. A consultora em agronegócio Elizabeth Chagas calcula um ajuste de quase 10% nos preços só no último mês de janeiro.

? Eu acho que estamos vivendo um momento pontual em termos de aumento de preço. Nós vamos ter que esperar como se comporta os dois próximos meses, ver a demanda mundial que é uma época em que a demanda inexiste. O hemisfério Norte comprou praticamente tudo o que precisava ? diz a especialista.

Já que a alta do dólar também valoriza os preços dos produtos agrícolas, a recomendação é não se precipitar.

? Depende muito do crédito que ele tenha ou não tenha, depende muito se o dólar vai subir ou vai baixar. É complicado fazer uma previsão dessa maneira ? avalia Benedito Ferreira da Silva, do Departamento de Agronegócio da Fiesp.

O produtor Adilson Amstalden Júnior resolveu esperar, mesmo sabendo que os preços não costumam subir na mesma proporção.

? A gente sempre espera que aconteça um equilíbrio que venha a equilibrar para ficar mais fácil pra gente trabalhar ? conclui o agricultor.

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