No fim do ano passado, representantes do Banco Mundial haviam dito que o mundo não poderia suportar que uma situação de preços altos e voláteis dos alimentos se tornasse corriqueira. Mas Sadler apontou os benefícios aos produtores de nações mais pobres dos valores elevados dos alimentos e das tendências favoráveis para a agricultura.
– Os maiores retornos permitirão aos agricultores adotar novas tecnologias, entrar em novos mercados e se afastar da subsistência e da pobreza – afirmou Sadler. Apesar de alguma redução da demanda devido aos preços altos, o dirigente destacou que o consumo global de grãos para alimentação humana e animal continua fortalecido, especialmente na Ásia.
O executivo afirmou ainda que é muito cedo para fazer previsões sobre a qualidade da oferta de grãos neste ano, já que a maioria das lavouras está em desenvolvimento na América do Sul e em dormência na América do Norte e Europa. No entanto, devido aos problemas de produção que os mercados de grãos enfrentaram no ano passado – como a seca nos Estados Unidos e em países da antiga União Soviética – Sadler ponderou que o risco de aperto no abastecimento persiste, porque há estoques que ainda não foram repostos.