Segundo o economista da Ceagesp, Flávio Godas, o mês de setembro foi caracterizado pela melhora acentuada das condições climáticas, favorecendo a oferta de produtos agrícolas. Com exceção do setor de Pescados, os demais setores tiveram retração nos preços.
As frutas, item de maior representatividade na cesta de 105 produtos frescos que compõe o índice, teve queda de 1,97%. Acerola (-26%), mamão papaia (-19,6%) e manga tommy (-16,6%) registraram as principais baixas. Já as elevações ficaram por conta do figo (14%), do maracujá (13,6%) e do morango (9,1%).
O economista pondera que, do ponto de vista da oferta, a alta do dólar tende a encarecer o produto estrangeiro, principalmente no setor de frutas. No entanto, a boa oferta e a qualidade do produto nacional, aliados aos estoques elevados dos importados, fizeram com que o aumento dos preços do produto estrangeiro fosse bastante tímido em setembro, avalia Godas.
O setor de verduras foi o que apresentou a maior retração, com 7,93%. As principais quedas foram: brócolis (-22,7%), nabo (-22%) e almeirão (-15,6%). Os aumentos mais expressivos foram registrados em salsa (22,5%), milho verde (6,3%) e repolho (19,7%).
Outro setor a registrar baixa significativa foi o de legumes, com 6,37%. Os principais recuos foram observados em berinjela (-46,8%), pepino japonês (-38%), abobrinha (-23%), ervilha (-26,5%) e pimenta cambuci (-19,6%). As principais altas foram do pimentão vermelho (44%) e da cenoura (6,7%).
O setor de Diversos também mostrou queda, com 3,42%. As principais baixas foram da cebola nacional (-9,4%), do coco seco (-8,9%) e do amendoim (-2,5%). A batata comum (5,9%) foi à única a apresentar elevação no preço.
No setor de Pescados, a elevação foi de 0,69%. Anchova (18,6%), tainha (10,2%) e camarão (20,1%) tiveram as principais altas, enquanto atum (-15%), cação (-11%) e corvina (-7,9%) registraram as maiores baixas.
Conforme Godas, com a proximidade do fim do ano, a tendência para os próximos meses é de ligeira elevação de preços do setor de frutas e queda nos setores de legumes e verduras. Já os setores de diversos e pescados devem permanecer com cotações nos níveis atuais, tendendo, portanto, à estabilidade.