Como efeito, a reação do mercado é o travamento dos negócios. No caso da soja, a previsão é de que o preço suba a partir de março. Segundo Adriano Machado, analista de soja da Safras e Mercado, a negociação está lenta porque depende da colheita, das oscilações da bolsa e do dólar.
Os números em relação ao milho estão consolidados. O superintendente regional da Conab, Glauto Lisboa Melo Júnior, avalia que, embora haja quebra na produção, o aumento no preço será confirmado no decorrer do mês em razão da chuva registrada em diversas regiões. A expectativa é de que a situação não piore, principalmente para as safras de arroz e soja.
Para o analista de mercado Farias Toigo, da Capital Corretora, os números do Departamento de Agricultura dos EUA são considerados conservadores, mas suficientes para movimentar a bolsa. Segundo o especialista, existia a projeção de uma safra de 138 milhões de toneladas de grãos, mas o valor está em 128 milhões, o que revela uma perda de 10 milhões de toneladas.
A cotação do bushel da soja está acima dos US$ 12, considerado um valor intermediário. Toigo aposta na elevação dos preços de soja e de milho, o que acarretaria aumento nos preços das sacas.