Quando comparados a setembro, preços atuais nas principais praças do país estão 12% menores. Com isso, negócios estão parados
O atual preço da saca de soja no Brasil está longe de ser ruim, mas já se encontra bem distante daqueles patamares de R$ 90 vistos em setembro. Nestes primeiros dias de dezembro, a média obtida por saca nas principais praças do país é de R$ 78,50 por saca, só superando os montantes vistos em março deste ano, quando a média geral brasileira era de R$ 74,50.
Apesar de a Bolsa de Chicago apresentar a terceira sessão seguida de altas, os prêmios de exportação não estão ajudando, afirma a consultoria Safras & Mercado, muito menos a volatilidade no câmbio. Com isso, não houve volume de negócios relevantes no país.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 80. Na região das Missões, a cotação ficou em R$ 79,50 a saca. No porto de Rio Grande, os preços permaneceram em R$ 82,50.
Em Cascavel, no Paraná, o preço estabilizou em R$ 78,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca permaneceu em R$ 81,50.
Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 70,50. Em Dourados (MS), a cotação avançou de R$ 74,50 para R$ 75,00. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em R$ 74,00.
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em alta. Na manhã desta quarta a trégua entre os Estados Unidos e a China voltou a pesar, fazendo o grão reverter para o território negativo.
No sábado, o presidente Donald Trump disse ao presidente Xi Jinping que não vai impor tarifas de 25% sobre US$ 200 bilhões de produtos chineses a partir de 1 de janeiro – como anunciado anteriormente. Em troca, a China se comprometeu a comprar mais produtos agrícolas norte-americanos, do setor de energia, indústria, entre outros.
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 6,00 centavos de dólar ou 0,66%, a US$ 9,11 3/4 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 9,23 3/4 por bushel, ganho de 6,00 centavos de dólar em relação ao fechamento anterior ou 0,65%.
Nos subprodutos, a posição janeiro do farelo fechou com alta de US$ 0,30 ou 0,00%, sendo negociada a US$ 314,70 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 28,90 centavos de dólar, com ganho de 0,33 centavo ou 1,15%.