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Preço do milho deve cair ainda mais, estima Imea

Demanda mundial pelo grão, refletida no grande volume de embarques dos EUA, iniciados em setembro, não foi suficiente para frear os preçosAntes de as expectativas da safra de milho 2014/2015 começarem a ser divulgadas, as cotações do cereal se mantinham animadoras no mercado internacional. Conforme a projeção da nova safra foi ficando cada vez mais exorbitante, o mercado do cereal virou-se à oferta e não mais à demanda, como vinha se comportando há algum tempo. De acordo com o último boletim do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), nesta semana, a cotação do cereal rompeu a barreira dos US$ 3,30 buschel e, apes

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Nem mesmo a boa demanda mundial pelo grão, refletida no grande volume de embarques da nova safra nos Estados Unidos, iniciados em setembro, foi suficiente para frear os preços, que seguem ladeira abaixo. Os dados que ditam os preços agora são aqueles referentes ao progresso da colheita norte-americana, bem como das previsões de clima favorável ao seu avanço, que confirmam cada vez mais a grande oferta mundial.

A CBOT continua apresentando fortes quedas, que para os contratos com vencimento em dezembro de 2014 e julho de 2015 foram de 3,77% e 3,33%, respectivamente, na média semanal. Com presença constante no noticiário econômico desta semana, o dólar registrou elevação semanal de 2,10%, fechando com média de R$ 2,41. Isso fez com que as cotações internas não sentissem as quedas na CBOT.

Mesmo com o bom cenário do dólar, a paridade de julho de 2015 apresentou queda relevante de 5,79% durante a semana, fechando com média de R$ 5,66 a saca. Com quedas mais drásticas para a soja, a relação entre a cotação deste grão e a do milho apresentou queda de 1,13%, aproximando assim os preços do cereal e da oleaginosa. 

Demanda beneficia Estados Unidos

As estimativas da demanda mundial por milho divulgadas pelo USDA para a safra 2013/2014 apresentaram aumento mensal progressivo, e quem mais se beneficiou com esta maior demanda foram os norte-americanos. Em setembro de 2013, enquanto eles exportaram 1,78 milhão de toneladas do grão, o Brasil exportou 3,45 milhões de toneladas. Porém essa liderança brasileira perdurou apenas até novembro. O cenário após novembro mostrou-se desfavorável ao Brasil, por ser um período no qual nosso volume de exportação historicamente diminui e é inoportuno para aproveitar da demanda mundial crescente, o que favoreceu os norte-americanos.

Os números deste mês indicam continuidade da supremacia dos EUA, pois, até a terceira semana de setembro, eles exportaram 2,96 milhões de toneladas do grão, número que é 66,4% maior do que o verificado para setembro de 2013 inteiro.

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