A expectativa de agentes do setor é de mercado firme, diz o Cepea. Para o pagamento de fevereiro – referente à produção entregue em janeiro -, 63% dos compradores entrevistados, que representam 74,2% do volume de leite da amostra, estimam preços estáveis. A parcela de 22% dos representantes de laticínios e cooperativas – que respondem por 16% do volume da amostra – acredita em nova alta, enquanto 15% dos entrevistados – 10% do volume da amostra – esperam queda de preços.
No mercado spot (de comercialização entre empresas e cooperativas), o leite cru continua nos mesmos patamares, o que reitera a expectativa da maioria dos compradores sobre preços firmes aos produtores.
Regiões
O Rio Grande do Sul foi o Estado que obteve a maior alta de preços em janeiro, de 4,6% (ou cerca de 3 centavos por litro) ante dezembro de 2010, com litro valendo R$ 0,6815 (valor bruto). O preço médio em Santa Catarina teve aumento de 1,9% (1,4 centavo por litro), passando para R$ 0,7514/litro. No Paraná, houve alta de 1,1% (0,8 centavo por litro), com média de R$ 0,7553/litro.
Em São Paulo, o preço médio teve aumento de 1,2% (0,9 centavo por litro), com o litro a R$ 0,7146. Em Goiás e Minas Gerais, os preços se mantiveram praticamente estáveis. No Estado goiano, houve leve alta de 0,4%, a R$ 0,7397/litro e, em Minas Gerais, os preços tiveram leve recuo de 0,3%, a R$ 0,7211/litro. Na Bahia, houve queda de 2,5% (1,6 centavo por litro), com a média caindo para R$ 0,6373/litro.
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Captação
O Índice de Captação de Leite calculado pelo Cepea (ICAP-Leite) fechou 2010 com aumento de 3,05% em relação a 2009. Entre as praças tradicionalmente pesquisas pelo Cepea, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná registraram aumentos entre 4% e 6% na captação de leite no período, ao passo que, em Goiás, houve diminuição.
Em dezembro, o ICAP-Leite aumentou apenas 0,4% na comparação com novembro, média dos seis Estados desta pesquisa, que também inclui a Bahia. No mês passado, houve leve recuo na captação diária nos mercados paranaense e gaúcho. Em Minas Gerais, o índice se manteve praticamente estável. Em Goiás, a captação aumentou 2,5% e, em São Paulo, 1,3%.
As adversidades climáticas continuaram limitando a oferta de leite em algumas regiões em janeiro. No sul do Rio Grande do Sul, a seca provocada pelo fenômeno La Niña afetou as pastagens e, com isso, a captação de leite. No Sudeste, em algumas regiões, as chuvas em excesso dificultaram principalmente o transporte do produto.
