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Preço pago ao produtor de trigo gaúcho deve aumentar 50% nesta safra

De acordo com a Emater-RS, a área plantada com o cereal teve aumento de 4% a 5% em relação ao ano passadoA expectativa é positiva para a safra de trigo no Rio Grande do Sul. Os preços pagos ao produtor devem ser 50% maiores do que os praticados na safra anterior. De acordo com levantamento da Emater-RS, a safra gaúcha de trigo conta com um aumento de área plantada em regiões tradicionais da produção do cereal. Uma das principais explicações para essa ampliação está na rotação de culturas, em locais como a metade sul do Estado, que, em períodos mais quentes, investem em soja.

>>Chuvas atrapalham plantio de trigo no Paraná e em Santa Catarina

– Estamos trabalhando com possibilidade de área de 4% a 5 % maior do que o ano passado – disse o técnico da Emater-RS Dulphe Pinheiro Machado.
 
A avaliação da fase inicial de plantio é considerada vantajosa, com boas condições de solo para o desenvolvimento do cereal. No entanto, fica o alerta para a chegada do inverno e das baixas temperaturas, que devem impactar a fase de florescimento do trigo.
 
Na propriedade do agrônomo Carlos Alexandre Santos, em Rio Pardo, ele plantou 50 hectares de trigo, mesma área do ano anterior. Até o final de outubro, ele espera colher três mil quilos do grão, o equivalente a 50 sacas por hectare.

– No ano passado, tivemos muita chuva. Agora, estamos torcendo para ter um ano mais favorável. Já chegamos a colher 74 sacos, vai depender muito do clima – diz Santos.

O cenário internacional também deve interferir no rumos do mercado de trigo no país. De acordo com o gerente da Cooperativa Cotriel, de Rio Pardo, caso o dólar sontinue subindo, a tendência é de que o Brasil deixe de importar o grão, o que contribuiria para um aquecimento interno.
 
– Eperamos que o dólar se mantenha nesses patamares – aponta Adilson Nazari.

Até a entrada da próxima safra, o trigo deve seguir valorizado no Rio Grande do Sul, com preços firmes que chegam a R$ 690,00 a tonelada.

– O que a gente tem nesse momento é um período de desabastecimento. A Argentina também teve quebra. Isso deu base para os preços valorizados – pontua o analista de mercado Renan Gomes.

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