Câmbio tem sustentado os preços da oleaginosa no mercado brasileiro; Chicago acumula queda de 6,5%
Os preços da soja subiram em agosto no mercado físico brasileiro, apesar do forte recuo nos contratos futuros na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT). A sustentação foi garantida pelo câmbio, com valorização do dólar frente ao real.
O mercado foi sustentado pelo dólar, que acumulou alta de 3,7% no mês e já acumula valorização de 60% nos últimos 12 meses, dando competitividade no mercado exportador e “salvando” o produtor rural, em meio a um quadro de incerteza na economia global e preços em queda para a commodity.
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Para a soja disponível nesta sexta, dia 28, em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de 75,00 para R$ 76,00. Na região das Missões, o preço estabilizou a R$ 74,50. No porto de Rio Grande, as cotações subiram de R$ 79,00 para R$ 80,00 a saca.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 71,50 para R$ 72,00. No porto de Paranaguá (PR), a cotação ficou em R$ 78,50.
Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 67,00 para R$ 68,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 68,50. Em Rio Verde (GO), a saca valorizou de R$ 64,00 para R$ 65,00.
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta em alta. Com o cenário financeiro internacional mais calmo, os investidores procuraram posicionar melhor suas carteiras frente ao final de semana.
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro subiram 8,25 centavos de dólar, a US$ 8,93 1/4 por bushel. A posição novembro tinha cotação de US$ 8,85 1/2 por bushel, ganho de 7,00 centavos de dólar.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo recuou US$ 2,00 por tonelada, sendo negociada a US$ 321,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro registravam preço de 27,79 centavos de dólar, alta de 0,92 centavo.
Em Chicago, os contratos com vencimento em novembro apresentaram queda de 6,5%. O mercado atingiu os menores níveis em mais de seis ano, por conta de uma série de notícias negativas para os preços.
O mês de agosto iniciou com clima favorável à evolução das lavouras norte-americanas, com chuvas acima da média, em um período considerado crítico para a definição do potencial produtivo. O primeiro tombo em Chicago ocorreu no dia 12, data da divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Para completar o cenário negativo, o mercado se assustou com a situação da economia chinesa. As quedas acentuadas na bolsa de Xangai acendeu o sinal de alerta e as dúvidas em relação à demanda chinesa pressionaram ainda mais as cotações.
Com informações da Agência Safras.