Os preços da soja recuaram no mercado físico brasileiro e também na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) ao longo da semana.
A comercialização perdeu ritmo, mas, ainda assim, os produtores aproveitam momentos de repique e a alta do dólar para negociar.
Os prêmios melhoraram e contribuíram para a melhora nas vendas, principalmente na parte final da semana. Com isso, as cotações da soja disponível se comportaram da seguinte forma nos últimos dias nas principais praças:
- Passo Fundo (RS): recuou de R$ 152 para R$ 148
- Cascavel (PR): baixou de R$ 143 para R$ 138
- Rondonópolis (MT): cedeu de R$ 128 para R$ 124
- Porto de Paranaguá: caiu de R$ 153 para R$ 148
A queda nas cotações internas foi determinada pelo comportamento dos preços em Chicago. Os contratos com vencimento em novembro tiveram desvalorização de 2,4% na semana, cotado a US$ 13,33 1/4 por bushel na sexta-feira (4).
Clima nos Estados Unidos
O mercado de clima nos Estados Unidos virou. Após julho de poucas chuvas, os boletins indicam
temperaturas amenas e chuvas neste início de agosto, conforme o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, já havia indicado.
Essas condições são favoráveis ao desenvolvimento das lavouras norte-americanas de soja. Com isso, os produtores retiraram o prêmio de risco climático, determinando o recuo.
Relatório do USDA para a soja
Para a próxima semana, as atenções estarão voltadas para o relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta (11). A expectativa é de corte na produtividade americana e revisão nos dados de produção.
Câmbio e prêmios limitaram os impactos negativos de Chicago sobre o mercado doméstico. A moeda americana subiu 3% na semana, voltando a patamares de R$ 4,872, se aproximando de R$ 4,90.