A segunda prévia do IGP-M de maio ficou em 1,00%, em linha com os últimos resultados do IGP-DI (1,02% em abril) e IGP-10 (1,01% em maio), lembrou Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
— Essa alta na prévia do IGP-M foi exclusivamente do IPA. Os demais, IPC e INCC, não influenciaram — apontou Quadros.
A soja em grão subiu 9,45% na segunda prévia de maio, após já ter aumentado 9,90% na segunda prévia de abril. No farelo de soja, a alta foi ainda maior, de 13,85% na segunda prévia de maio, após um aumento de 9,07% na mesma leitura de abril.
O óleo de soja em bruto passou de uma variação de 10,94% na segunda prévia de abril para 4,89% na segunda prévia de maio. O óleo de soja refinado saiu de uma alta de 6,30% para 5,85% no mesmo período.
— A soja ainda está sendo um fator preponderante para a inflação, mas gradativamente vem perdendo participação relativa. O grão está chegando ao limite, mas a desaceleração ainda vai chegar aos derivados. A tendência é de que o aumento de preços comece a ceder — disse Quadros.
A contribuição do complexo soja aumentou de 0,62 ponto porcentual no IPA-M da segunda prévia de abril para 0,68 ponto porcentual no IPA-M da segunda prévia de maio. Entretanto, a fatia do complexo na taxa do IPA saiu de 80% para 55% no período.
— O complexo soja ainda está forte, mas dá sinais de que está perdendo força. A soja perdeu importância porque outros itens começaram a subir também — explicou o coordenador.