Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam com preços mais altos nesta sexta-feira, dia 13. O mercado foi sustentado, mais uma vez, pelos números altistas divulgados no relatório de outubro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Na semana, a valorização ficou em 2,03%.
A entidade americana voltou a surpreender na última semana. Dessa vez, o impacto foi positivo para os preços. O USDA manteve a estimativa de safra dos Estados Unidos, enquanto o mercado apostava em elevação. Os estoques foram reduzidos para patamares bem abaixo do esperado pelo mercado.
Para completar o quadro positivo, as exportações semanais dos Estados Unidos ficaram próximas do patamar máximo das projeções do mercado. As vendas líquidas de soja, referentes à temporada 2017/2018, com início em 1 de setembro, ficaram em 1,7 milhão de toneladas na semana encerrada em 5 de outubro. Os analistas esperavam entre 600 mil e 2 milhões de toneladas.
No Brasil o mercado interno teve uma melhor movimentação. Após altas de até 26,75 pontos nos principais vencimentos na quinta-feira, 12, a oleaginosa estendeu seus ganhos na sessão e recuperou os US$ 10 por bushel em Chicago no contrato de dezembro de 2017.
As cotações domésticas subiram de forma significativa e melhores negócios foram reportados. Houve bons negócios em Minas Gerais e na Bahia, onde aproximadamente 30 mil toneladas foram negociadas em cada estado. Paraná e Goiás movimentaram cerca de 20 mil toneladas cada e no Rio Grande do Sul aproximadamente 25 mil toneladas negociadas.
Em Passo Fundo (RS), a soja subiu de R$ 65,00 para R$ 68,00 a saca. Na região das Missões, o preço avançou de R$ 65,00 para R$ 68,00. No porto de Rio Grande, as cotações subiram de R$ 70,50 para R$ 72,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço subiu de R$ 65,50 para R$ 66,50. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 71,00 para R$ 72,50.Em Rondonópolis (MT), a saca subiu de R$ 61,50 para R$ 63,00. Em Dourados (MS), a cotação passou de R$ 62,00 para R$ 63,00. Em Rio Verde (GO), a saca subiu de R$ 62,50 para R$ 63,00.
No lado climático, o mercado também encontra algum suporte no atraso no plantio da safra brasileira. A previsão de chuvas irregulares para a faixa central do país na segunda quinzena de outubro preocupa, o que mantém o mercado apreensivo.