O mercado brasileiro de suínos reflete o cenário de boa demanda, especialmente voltada ao mercado externo, e chegou ao final de junho acumulando uma valorização de 9,4% no preço do quilo vivo no Centro-Sul do país. De acordo com levantamento da consultoria Safras&Mercado, a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil ficou em R$ 4,63 na quinta-feira, dia 27, bem acima dos R$ 4,23 praticados no encerramento de maio.
A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado ficou em R$ 7,86, alta de 3,38% frente aos R$ 7,68 praticados no fechamento do mês anterior. A carcaça registrou um valor médio de R$ 7,79, avançando 12,34% frente ao preço praticado no final de maio, de R$ 6,94.
O analista de mercado Allan Maia ressalta que a demanda interna esteve um pouco mais discreta ao longo do mês, sendo compensada pelo bom fluxo de exportação, o que manteve a disponibilidade de oferta bem ajustada.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior, as exportações de carne suína in natura do Brasil renderam US$ 146 milhões em junho (14 dias úteis), com média diária de US$ 10,4 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou a 43,5 mil toneladas, com média diária de 3,1 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 3.353,50. Em relação a maio, houve alta de 72,9% na receita média diária, ganho de 16,5% no volume diário e avanço de 48,4% no preço.
Na comparação com o mesmo período de 2018, houve aumento de 273,2% no valor médio diário exportado, incremento de 116,6% na quantidade média diária e ganho de 72,3% no preço.
Para o segundo semestre, Maia acredita em um cenário otimista para o mercado, considerando que a China sofre com uma grande lacuna de oferta, por conta do surto de peste suína africana. O fato deve levar o país a atuar de forma ainda mais incisiva nas importações, favorecendo o Brasil.