? A pressão de baixa que teve início no final do ano passado – em novembro, a arroba valia R$ 68 – é decorrente da boa oferta de carne por parte da indústria paulista, que se soma à produção de frigoríficos de fora que atuam no Estado ? afirma o zootecnista e consultor da Scot, Rafael Ribeiro de Lima Filho.
Entretanto, nos últimos cinco dias não houve alterações nos preços do suíno vivo em São Paulo, devido a uma leve recuperação na demanda.
Segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira Junior, há uma melhora nas vendas da carne no varejo, estimulada pela retomada das aulas no Estado. Entretanto, o que está preocupando os suinocultores paulistas são os altos custos de produção. De acordo com a APCS, para um suíno vivo nos patamares de R$ 43/arroba há um custo de produção de R$ 64/arroba (ou R$ 3,41/quilo), prejuízo de 32% por quilo vendido. A entidade espera que, a partir da semana que vem, com o reaquecimento da demanda, o realinhamento gradual da relação preço e custo comece a ocorrer.
Já no Rio Grande do Sul a queda nas exportações gerou um aumento de oferta, também aliada a uma demanda doméstica fraca. Conforme levantamento da Associação dos Criadores de Suínos do Estado (ACSURS), a queda do quilo do suíno vivo vendido em algumas regiões do Estado no acumulado de fevereiro chegou a 21%. Atualmente, os produtores estão recebendo, em média, R$ 2,24 pelo quilo do suíno vivo. A expectativa da ACSURS é de que os preços comecem a melhorar ainda neste mês também com uma eventual recuperação da demanda interna e externa.