Mas essa situação deve mudar a partir de fevereiro. O pesquisador José Sidney Gonçalves, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), afirma que o preço deve cair a partir do segundo mês do ano, porque a oferta vai aumentar.
Já o que passou, o produtor rural Adalberto Vieira Freitas quer esquecer. Até setembro, a oferta de tomate era tanta que ele vendia a caixa de 25 quilos por apenas R$ 3. O cenário só mudou a partir de outubro. Em função da seca, a colheita ficou abaixo do esperado. O preço foi aumentando e com as chuvas do último mês, disparou. A mesma caixa de 25 quilos agora é comercializada por ele a R$ 30.
A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que compra o tomate do produtor, revende para os supermercados a caixa de 20 quilos por um preço médio em torno de R$ 40.
E é claro que, como sempre ocorre nas negociações que envolvem o mercado, o consumidor acaba sentindo no bolso. Às vezes nem sabe por que está pagando mais, que a origem está lá na área rural, no clima que não colabora. Mas aqui no mercado dentro da cidade, qualquer dona de casa sabe: o tomate está bem mais caro.
O produtor Adalberto sabe que não vai conseguir um bom preço pela próxima safra. Por causa da chuva plantou tomate só agora, com um mês de atraso. A colheita que deveria ocorrer em abril, só vai acontecer em maio.
Adalberto explica que a data vai coincidir com a colheita em outras regiões do país, por isso a concorrência vai aumentar e o preço que ele vai pegar será bem menor.