>> Cacau pode ter safra insuficiente para demanda, calcula ICCO
A Olam projeta que, para a produção mundial de cacau não diminuir, os preços teriam que subir para US$ 3.000 por tonelada este ano. Na quinta, o contrato futuro de cacau para entrega em março na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fechou em US$ 2.791 por tonelada, maior nível desde 24 de dezembro.
– Nós ainda sentimos que os preços estão subvalorizados nesses níveis – disse Amit Suri, presidente da unidade de cacau da Olam, em entrevista ao The Wall Street Journal.
Para a produção de cacau crescer, Suri afirmou que os preços teriam que subir para cerca de US$ 3.500 por tonelada, patamar visto pela última vez em março de 2011, época de instabilidade política no maior produtor do mundo, Costa do Marfim, quando as exportações de cacau foram interrompidas temporariamente.
>> Plantio de cacau do Pará representa 25% da produção nacional
O aumento da demanda já elevou os preços futuros este ano. Mas a Olam espera um déficit de 185 mil toneladas na temporada que começou em 1º de outubro, acima do déficit de 150 mil toneladas registrado em 2012/2013.
Suri ressaltou que as projeções da empresa levam em conta uma “safra intermediária acima da média” na África Ocidental.
– Embora as plantações aparentem estar em boas condições, ainda é cedo. Mas não vemos nenhuma preocupação neste momento – afirmou.
>> Produtores de cacau da Bahia realizam protesto contra importação
A Olam espera aumento de 3,5% no consumo global de cacau este ano, reduzindo ainda mais os estoques globais da commodity.
– O consumo é mais forte do que a maioria das pessoas suspeita – disse Gerard Manley, diretor-gerente da unidade de cacau da Olam.