Além da qualidade do café produzido no Brasil, concorrentes como Colômbia e países da América Central tiveram quebra de safra e contribuíram para que depois de 10 anos o Brasil conseguisse negociar o seu produto em Nova York, que é considerado o principal mercado de formação de preços do produto do mundo.
Para o analista de mercado Fernando Souza Barros, o momento é de observar como devem se comportar os preços nos próximos meses. Ele aponta que a melhor opção seria negociar o produto na Bolsa de Chicago.
Os contratos têm vencimento só em março de 2013, mas as amostras podem ser enviadas a partir de 1º de junho. É preciso, no entanto, segundo Braga, ficar atento quanto às regras de negociação. Enquanto na Bolsa de São Paulo um contrato tem 100 sacas, em Nova York chega a 285. Além disso, o único tipo de café permitido é o arábica cereja descascado.
O diretor da Santos Brasil Comércio e Exportação, Nelson Carvalhaes, diz que o grande ganho para os produtores brasileiros é o reconhecimento da qualidade do café no mercado internacional.
– A entrega física já foi mais importante. Anos atrás, seria muito mais importante do que é hoje. Agora, sem dúvida, é o reconhecimento da qualidade do café brasileiro e, segundo, facilita as operações para os compradores internacionais, torrefadores, traders, os fundos, especuladores. O próprio produtor brasileiro pode fazer o seu hedge, se ele quiser. Eu acho que sempre é muito positiva a divulgação do café brasileiro, reconhecendo sua qualidade. É de suma importância – aponta.