A safra brasileira deste ano está estimada em 43,5 milhões de sacas de 60 quilos, o que representa uma redução de quase 10% em comparação com o ano passado (48,1 milhões de sacas). Atualmente, o contrato futuro de café arábica na BM&FBovespa é cotado com prêmio em relação ao contrato do produto na Bolsa de Nova York, tido como referência para o mercado. Historicamente, o contrato na bolsa paulista tem desconto ante Nova York.
Wolfson comentou que os custos da empresa com matéria-prima subiram entre 20% e 80%, dependendo da qualidade do café utilizado no blend, acompanhando a alta internacional do preço do produto nos últimos meses. Segundo ele, a Melitta tem procurado repassar ao consumidor o menos que pode dessa alta de preço, compensando com mais eficiência produtiva.
Quanto à perspectiva de crescimento da empresa no Brasil por meio de aquisições de outras torrefadoras, Wolfson informou que a tarefa da Melitta é atrair mais consumidores por meio da produção de cafés com sabor e aroma especiais. Para isso, a companhia se sustenta em dois pilares: “inovação e possíveis aquisições”. O CEO Mundial da Melitta, Thomas Bentz, que participou da conversa, disse que a aquisição de fábricas é decisão estratégica “e, no momento, não há nada em vista”.
A projeção de faturamento da empresa para este ano é de R$ 775 milhões, o que corresponde a um crescimento de cerca de 5% em comparação a 2010.