Os preços da soja seguem oscilando bastante no mercado brasileiro. Algumas praças chegam a registrar desvalorização de até R$ 1,50 por saca, puxada por uma queda de 0,60% no câmbio. Nem mesmo a elevação de 0,78% nas cotações da Soja na Bolsa de Chicago na última terça-feira, foi capaz de estancar a queda no Brasil.
Preços no Brasil
O mercado brasileiro de soja teve um dia sem liquidez, com a movimentação comprometida pelo feriado em São Paulo. O dólar caiu e Chicago subiu, afastando os negociadores. Preços nominais entre estáveis e mais baixos.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos baixou de R$ 75,50 para R$ 74,50 a saca. Na região das Missões, a cotação caiu de R$ 74,50 para R$ 73,50. No porto de Rio Grande, preço recuou de R$ 80,50 para R$ 79.
Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou em R$ 71,50 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca seguiu em R$ 79.
Em Rondonópolis (MT), a saca permaneceu em R$ 68,50. Em Dourados (MS), a cotação ficou em R$ 69. Em Rio Verde (GO), a saca estabilizou em em R$ 69.
Chicago e câmbio nesta quarta
Os contratos da soja em grão registram preços mais baixos na Bolsa de Chicago. Segundo a consultoria Safras, o mercado é pressionado pela previsão de clima melhor ao desenvolvimento das lavouras dos Estados Unidos, fato que reduz o temor de queda na produtividade. Entretanto a piora das lavouras é um alerta e pode gerar volatilidade nas cotações.
Os contratos com vencimento em agosto de 2019 operam cotados a US$ 8,85 por bushel, baixa de 0,75 centavos de dólar por bushel ou 0,08%.
Condição das lavouras
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmou que até o dia 7 de julho, 53% das lavouras estavam entre boas e excelentes condições, 35% em situação regular e 12% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 54%, 35% e 11%, respectivamente. O mercado esperava 55% das lavouras entre boas e excelentes condições.
Área de soja nos EUA
O mercado também começa a se posicionar frente ao relatório de julho do USDA, que será divulgado na quinta. A entidade deverá indicar redução na estimativa para a safra americana de soja em 2019/2020.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que o USDA indicará produção americana em 2019 de 3,85 bilhões de bushels, contra 4,150 bilhões indicadas em junho e 4,544 bilhões do ano anterior.
Os estoques globais da oleaginosa deverão ser reduzidos de 112,8 milhões de toneladas para 112,6 milhões de toneladas em 2018/2019. Para a próxima temporada, a expectativa é de estoques de 110,7 milhões, contra 112,7 milhões projetados em junho.
O mercado deverá prestar atenção ainda nos dados de produção na América do Sul em 2018/19. A safra brasileira deverá ficar praticamente inalterada, na casa de 117 milhões de toneladas. O USDA, no entanto, poderá elevar sua previsão para a Argentina, passando de 56 milhões para 56,1 milhões de toneladas.
Chicago e câmbio na terça
Os contratos da soja em grão com entrega em agosto fecharam com alta de 7,00 centavos de dólar por libra-peso ou 0,79%, a US$ 8,86 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 9,04 por bushel, com ganho de 6,50 centavos de dólar por libra-peso ou 0,72%
O dólar comercial fechou em queda de 0,60% no mercado à vista, negociado a R$ 3,7858 para venda. A cotação seguiu a taxa Ptax – média das cotações do dólar apuradas pelo Banco Central (BC) – que ficou em R$ 3,7846 para compra e a taxa do fechamento para venda.