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Preços da soja no mercado interno caem para menos de R$ 70 a saca

Após a melhora no clima e nas lavouras americanas, mercado externo tem forte queda e puxa preços do Brasil para baixo

Daniel Popov, de São Paulo
O clima nos Estados segue orientando as cotações da soja no mercado externo. Tanto que a perspectiva de volta das chuvas e a melhora nas condições das lavouras, segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, derrubaram os preços internacionais em 3%. No Brasil, o reflexo disso, juntamente com o recuo do câmbio, trouxeram quase todos os preços para menos de R$ 70 por saca.

Segundo a consultoria Safras & Mercado, com esta queda, a maior parte dos negociadores ficou de fora do mercado, o que travou as negociações. Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos que era vendida a uma média de R$ 68 por saca, caiu nesta terça, dia 01 de agosto, para R$ 66,00.

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No porto de Rio Grande (RS), as cotações passaram de R$ 72,5, na média do mês anterior, para R$ 69,50, neste primeiro dia de agosto. Em Cascavel, no Paraná, o preço recuou de R$ 65,70 para R$ 62,00.

No porto de Paranaguá (PR), no mesmo período a média da saca passou de R$ 73,00 para R$ 69,50. Em Rondonópolis (MT), a saca caiu de R$ 61,00 para R$ 58,50. E em Dourados (MS), a cotação retrocedeu de R$ 59 para R$ 57,00.

Dólar X Temer

Para muitos, esta situação política do país, não interfere diretamente em suas vidas, mas isso não é verdade. Uma situação problemática pode afetar instantaneamente o valor da moeda brasileira na comparação com o dólar. Nesta terça, depois de testar, sem sucesso, baixar a linha dos R$ 3,10, o dólar acabou reagindo e acabou fechando a R$ 3,12.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Gil Barabach, cresce a expectativa em torno da votação, nesta quarta-feira (dia 2), pela Câmara de Deputados da denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. “O mercado financeiro trabalha com um cenário de vitória do governo”, ressaltou. “Se isso acontecer o real pode ganhar força e o dólar cair mais.”

Em julho, o dólar acumulou baixa de 6% em relação ao real, maior perda em 13 meses. “Lógico que a redução na tensão política interna ajudou na queda do dólar. Mas o principal motivo para a apreciação do real frente ao dólar foi a cena externa”, Barabach explica a melhora na demanda por risco lá fora, diante dos sinais de um Fed menos inclinado a elevação dos juros nos EUA. O relatório sobre o “Mercado de Trabalho” nos EUA, desta sexta-feira, é bastante aguardado pelo mercado. “Além disso, cresce a preocupação com a política de isolamento externo dos EUA, o que pode prejudicar o fluxo de transações do país”, disse.

Segundo a consultoria, o mercado ainda carrega o “prêmio de risco político”. “Assim, avalia Barabach, há espaço para a moeda norte-americana caia abaixo desta linha de R$ 3,10 e testar novas resistências, pegando carona em uma eventual euforia causada pelo resultado político favorável à continuidade do programa de ajuste fiscal”, analisou.

 Apesar dessa possibilidade, a recomendação do analista, é por cautela. “A fragilidade fiscal do Brasil e as dúvidas em torno da reforma da Previdência devem servir como fator de suporte a divisa norte-americana, não só ajudando a limitar as perdas como também favorecendo a retomada de alta da moeda estrangeira, superado esse momento externo menos favorável ao dólar”.

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