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BOLETIM

Preços de frutas e hortaliças sobem em outubro

A alta nos preços é reflexo das condições climáticas ou do deslocamento da região fornecedora dos produtos

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Foto: Agência IBGE Notícias

A maioria das frutas e hortaliças mais comercializadas nos principais mercados atacadistas do Brasil registrou alta nos preços em outubro, em comparação a setembro.

A elevação é reflexo das condições climáticas ou do deslocamento da região fornecedora dos produtos.

As informações são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Hortaliças

O maior aumento na média ponderada foi para a cebola, com acréscimo de 40,63%.

Os preços ficaram elevados em todas as Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas pela Conab.

O final da safra na região Centro-Oeste e em Minas Gerais, que já vinha apresentando queda na produção, explica a alta.

O início da safra no Sul também ainda é incipiente, o que também contribui para a alta de preço.

Para a batata, a safra de inverno, a partir de agora, começa a se retirar do abastecimento nacional e há a entrada da safra das águas, com o aumento da participação da região Sul no fornecimento do tubérculo.

As chuvas ocorridas na região podem ter atrasado o plantio do produto, o que provoca o adiamento da intensificação da colheita e, consequentemente do pico de safra.

A alface também registrou alta de preços, com aumento de 28,32%.

As elevadas temperaturas, que aumentam a demanda da folhosa, pressionaram a alta nas cotações praticadas.

Aliado a maior procura pela hortaliça, as chuvas pontuais nas regiões produtoras, prejudicando a colheita e reduzindo os envios aos mercados.

Frutas

O calor registrado também teve influência na demanda pela laranja em outubro, enquanto que a oferta pela fruta registrou diminuição.

A alta demanda e o menor volume oferecido no mercado também afetaram o panorama da melancia.

Os centros atacadistas registraram uma boa oferta de mamão papaya.

No entanto, a baixa oferta da variedade formosa, que ocorre faz alguns meses, ajudou a estimular o aumento de preço do papaya.

No caso da maçã, o fim dos estoques em diversas câmaras frias trouxe um fator de alta nos preços.

Porém pela concorrência com as frutas de fim de ano que começaram a entrar no mercado, além da elevação das importações e a demanda não muito forte no decorrer do mês diminuíram o poder das companhias classificadoras no que tange a ditarem preços para o atacado e, por consequência, para o varejo.

Exportações

Nos primeiros dez meses de 2023, o volume total de frutas e hortaliças exportadas pelo Brasil foi de 833,57 mil toneladas, superior em 6,16% em relação a igual intervalo de tempo do ano anterior. O faturamento foi de U$S 963,4 milhões, superior 20,24% em relação ao mesmo período do ano passado.

Dos cinco principais estados exportadores do país, quatro são do Nordeste: Rio Grande do Norte (22%), Pernambuco (18%), Bahia (17%) e Ceará (11%), além de São Paulo (15%).

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