O mercado físico do boi gordo voltou a registrar preços mais altos nesta sexta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos seguem sem grande poder de pressão sobre os pecuaristas no final da safra, em um ano marcado pela retenção de fêmeas em meio à desaceleração do consumo de carne bovina por conta das medidas de distanciamento social adotadas para conter a pandemia da Covid-19.
“As exportações de carne bovina para a China permanecem em ótimo nível, com prêmio significativo sobre as boiadas comuns comercializadas no mercado doméstico”, assinalou.
Em São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 193 a arroba, estáveis na comparação com a quinta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, subiram de R$ 184 a arroba para R$ 185. Em Dourados, Mato Grosso do Sul, os preços ficaram R$ 177 a arroba, contra R$ 176. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 183 ante R$ 180 a arroba. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 171 a arroba, estável.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. Apesar dos percalços provocados pelo fechamento de restaurantes, bares, redes hoteleiras e outros estabelecimentos e a consequente queda no consumo dos cortes mais nobres, os preços parecem ter encontrado um ponto de equilíbrio, sem espaço para quedas contundentes.
A ponta de agulha ficou em R$ 10,75 o quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 11,50 o quilo, e o corte traseiro permaneceu com preço de R$ 13,40 o quilo.